Inquérito será entregue na sexta; Bruno deve ser indiciado

O goleiro Bruno, preso pela suposta morte da ex-amante Eliza Samúdio

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Raspou a cabeça no presídio de Contagem | Futura Press
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O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios (DIHPP) da Polícia Civil em Belo Horizonte, encaminhará nesta sexta-feira para o promotor Gustavo Fantini, do Ministério Público de Contagem, na região metropolitana, o inquérito que apura o desaparecimento e suposta morte de Eliza Silva Samudio, 25 anos, ex-amante do goleiro Bruno.

Segundo informou uma fonte ligada às investigações, no relatório escrito por Moreira "estão faltando somente as assinaturas das autoridades policiais" envolvidas. O delegado deverá indiciar o goleiro pelos crimes de sequestro, cárcere privado e homicídio. Para Moreira, não há dúvidas que o atleta é o mandante do crime.

Mesmo sem o corpo ou partes dele terem sido encontrados, o delegado relatará no inquérito que as provas testemunhais e também técnicas indicam que Eliza teria sido morta pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que será indiciado por homicídio e ocultação de cadáver.

Como provas testemunhais o delegado se baseará nos depoimentos dos primos de Bruno, principalmente. O adolescente de 17 anos, que foi apreendido na casa do goleiro no Rio de Janeiro, é para a polícia quem mais fielmente descreveu todos as cenas que envolvem o crime, desde o sequestro dela no dia 4 de junho até a morte, no dia 9 de junho. O fato dele ter mudado o depoimento na última vez que foi ouvido, durante acareação no DIHPP, não alterará o relatório policial. O depoimento dado pelo jovem na Vara da Infância e Juventude de Contagem será anexado ao inquérito.

Outro depoimento que a polícia tomará como primordial é o de Sérgio Rosa Sales, o Camelo, que afirmou durante três vezes ter visto Eliza no sítio de Bruno, em Esmeraldas, e também visto ela sendo levada pelo menor e por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, na noite do dia 9 de junho, para a casa de Bola, em Vespasiano, onde ela teria sido estrangulada. Sérgio narrou com detalhes, nos depoimentos, diálogos entre Macarrão, Bruno e o menor logo após Eliza ter sido morta.

Além do laudo do Instituto de Criminalística de Belo Horizonte, que atestou a presença do sangue de Eliza no carro de Bruno, apreendido no dia 8 de junho, a polícia vai anexar ao inquérito relatórios com o cruzamento de ligações telefônicas feitas entre os suspeitos, principalmente Bola; dados dos deslocamento do jipe Range Rover do goleiro registrados em GPS; arquivos do computador pessoal de Eliza nos quais foram gravadas conversas dela com amigas relatando ameaças; e também dados de arquivos periciados pelo IC encontrados em um computador de Macarrão, que também deverá ser indiciado pelos crimes de sequestro, cárcere privado e homicídio.

No relatório que será encaminhado para o MP, o delegado Edson Moreira descreverá a participação de cada suspeito no crime. A ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, 23 anos, será indiciada por ter tentado esconder o filho de Eliza, o bebê de cinco meses, logo que a polícia recebeu denúncias da morte dela, e também pelo fato de ter colaborado com os suspeitos ao não denunciar o sumiço da jovem.

Fernanda Gomes Castro, 31 anos, uma das namoradas de Bruno, também será indiciada por participação no sequestro de Eliza. Ela disse em depoimento que cuidou do bebê quando ele e Eliza estavam na casa do goleiro no Rio de Janeiro, entre os dias 4 e 5 de junho.



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