Insatisfeito com a mesada, homem agride a mãe até a morte

Mulher foi encontrada com três fraturas no crânio e uma na perna.

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Bruno Eduardo Oliveira Bezerra, de 28 anos, vai responder por homicídio. | Reprodução/TV Record Brasília
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Um homem identificado como Bruno Eduardo Oliveira Bezerra, de 28 anos, foi preso nesta quinta-feira (11) acusado de matar a própria mãe, Suzeli Oliveira de Melo, de 51 anos, por estar insatisfeito com a mesada que recebia dela.

O crime aconteceu no dia 2 de janeiro de 2012. Na época, uma vizinha do prédio onde ele morava com a mãe ouviu barulhos e gritos durante a madrugada e bateu na porta do apartamento para ver o que estava acontecendo.

Bruno apareceu e disse que estava tudo bem e que não era nada. No entanto, a vizinha insistiu e conseguiu entrar.

Ao chegar no quarto, ela encontrou Suzeli deitada embaixo de um edredom com diversas fraturas na cabeça e na perna.

Assustada com a cena, a mulher pediu ajuda para um outro vizinho que é bombeiro. Assim que chegou, ele prestou os primeiros socorros no local e acionou a equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel Urgente).

Questionado sobre o que teria acontecido, Bruno informou que a mãe tinha escorregado e caído no chão.

No entanto, a justificativa não convenceu o bombeiro, uma vez que os ferimentos eram graves demais para uma queda em casa.

A mãe do rapaz foi levada inconsciente e em estado gravíssimo ao Hospital de Base, onde permaneceu internada com três fraturas no crânio e uma na perna durante dez dias, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu.

A ocorrência foi registrada na 12ª DP (Taguatinga) inicialmente como lesão corporal. Porém, com a morte da mulher, evoluiu para homicídio. Desde então, o delegado Moisés Martins investiga o caso.

Para ele, todas as provas colhidas durante mais de um ano de investigações não deixam qualquer dúvida de que Bruno realmente matou a mãe.

? Pelo que nós apuramos a motivação do crime foi mais uma vez relacionado à questão de condição econômica. Ele morava sozinho com a mãe, que era separada do pai, e dependia dela. Ele não estava satisfeito com a mesada que recebia dela e várias discussões entre os dois foram percebidas pelos vizinhos e pela tia dele. A intenção do Bruno era que a mãe agonizasse e morresse no local.

Quando o processo de investigação foi iniciado, porém, o acusado tatuou no braço a palavra "mãe". Em depoimento, ele negou qualquer envolvimento com a morte da mulher e permaneceu calado durante todo o tempo por orientação do próprio pai, que é advogado.

A situação chamou atenção do delegado, que chegou a questionar o motivo da tatuagem, mas não teve resposta.

Ele explicou que o rapaz ainda tentou fugir com a ajuda do pai quando ficou sabendo que seria preso. Para ele, o homem pode até ter se arrependido do que fez, mas pagará eternamente por esse crime.

? A sentença maior que ele pode pegar é a de levar para o resto da vida o fato de ter tirado a vida da própria mãe. Assim que saiu o mandado de prisão, colocamos equipes nas ruas para prendê-lo, mas o pai dele que é advogado tomou conhecimento e planejou a fuga do filho para o estado de São Paulo. Porém, como nós tínhamos fechado todo o cerco, conseguimos prendê-lo em uma casa de Samambaia. O pai dele estava com a mala toda pronta para dar fuga ao filho. É uma atitude até compreensível, mas fica fora do padrão.

Agora, o rapaz vai responder por homicídio e poderá pegar, caso condenado, até 30 anos de prisão.



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