Invasão territorial motivou megaoperação no Rio, diz Secretário de Segurança

Uma grande operação com o objetivo de combater o avanço do Comando Vermelho no Rio de Janeiro ocorreu nesta terça-feira (27), e mobilizou mais de 500 agentes policiais. As equipes atuaram em três complexos e 11 comunidades, resultando na morte de nove suspeitos, na prisão de outros dez e na apreensão de nove fuzis e três pistolas.

(Foto: Isabelle Saleme)

Dois policiais militares ficaram feridos nas ações. De acordo com relatos dos populares, a operação afetou a rotina de muitos nos complexos residenciais. Em decorrência dos confrontos, 69 escolas municipais e quatro estaduais suspenderam as aulas para cerca de 22,5 mil alunos, e 15 linhas de ônibus foram afetadas.

As equipes de policiais fizeram buscas e bloqueios para prender chefes do Comando Vermelho, uma organização criminosa que está entrando em favelas dominadas por traficantes e milicianos rivais. Os principais alvos eram Edgar Alves de Andrade, chamado de Doca, que é um líder importante, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, conhecido como BMW, de 32 anos, que está ligado a um grupo chamado Equipe Sombra, que faz invasões e assassinatos. Porém, nenhum dos dois foi encontrado.

(Foto: Isabelle Saleme)

De acordo com o secretário de Segurança Pública do estado,Victor Cesar dos Santos, a operação foi uma reação aos casos ligados ao grupo criminoso. “Recebemos informações de que essa gangue estava planejando invadir novas áreas, então organizamos a operação para evitar isso. O propósito era garantir a segurança dos moradores das comunidades, e nesse aspecto, a operação foi bem-sucedida”, disse. 

A megaoperação policial teve início de madrugada, com a Rocinha e outras favelas sendo cercadas para evitar a fuga dos alvos. No Complexo do Alemão, equipes do Núcleo de Apoio às Operações Especiais auxiliaram na remoção de barreiras físicas feitas pelos criminosos. Em uma das comunidades, os policiais enfrentaram obstáculos como óleo na pista, possivelmente parte de uma estratégia planejada com antecedência. Apesar de negarem o vazamento de informações, autoridades reconhecem que a movimentação policial pode ter alertado os criminosos.