Irmão de vítima diz que suspeito de matar mãe e filho é um bom pai

Empregada afirmou que irmã era perseguida quando saía de casa.

Mãe e filho foram assassinados | Reprodução
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O irmão da enfermeira Márcia Calixto Carnetti, 39 anos, assassinada a facadas com o filho de 5 anos na Zona Sul de Porto Alegre, disse que o marido e principal suspeito do crime sempre foi um "bom pai" e que o filho "idolatrava a figura dele". Em contato com o G1 nesta sexta-feira (27), Rafael Calixto admitiu que o casal vinha sofrendo crises no relacionamento e que a irmã estava sendo perseguida pelo homem nos últimos dias.

"Ele sempre foi um excelente pai. O filho idolatrava a figura dele, eles se gostavam muito. Nós éramos muito próximos. Eu jamais pensei que ele fosse cometer uma atrocidade dessas", disse. "A empregada deles me disse que os dois estavam brigando muito nos últimos dias e que ela, minha irmã, era perseguida sempre que resolvia sair de casa", contou Rafael.

Os corpos da mãe e do filho serão sepultados às 11h30 no Cemitério São Miguel e Almas, em Porto Alegre. O suspeito segue internado sem previsão de alta no Hospital de Pronto Socorro (HPS) em um quarto no setor de traumatologia.

O homem foi autuado em flagrante por duplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem dar chances de defesa às vítimas. A polícia pediu a prisão preventiva do suspeito e acredita que a Justiça irá acatar o pedido em breve. O delegado Cléber Lima, da Delegacia de Homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), informou que irá ouvir a empregada do casal e familiares nesta sexta-feira.

"Eu não quero vingança, eu só gostaria de entender o que aconteceu. A família está muito abalada. E mesmo preso, a maior pena que ele pode receber é carregar o fardo de ter tirado a vida da mulher e do filho. A dor da ausência é que vai penalizá-lo", desafabou Rafael.

Segundo ele, os dois se conheciam há pelo menos 21 anos, entre tempo de casamento e de namoro. "Estão dizendo que ela tinha uma relação paralela. Eu não tenho conhecimento disso. E mesmo que ela tivesse 50 amantes, nenhuma traição justifica a atrocidade que ele cometeu".

O irmão da vítima afirma que chegou a falar com o homem depois de ele ter tentado suicídio ao saltar de uma ponte. Ainda no hospital e sem saber o que tinha acontecido, Rafael perguntou aonde estavam o sobrinho e a irmã dele. "Ele me disse apenas que tinham brigado. Foi então que eu comecei a me preocupar e fui até a casa deles. Lá eu chamei a polícia e tudo foi revelado", afirmou.



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