Irmãos Cravinhos vão cumprir pena em regime semiaberto

Com a mudança os dois poderão trabalhar ou estudar durante o dia.

Irmãos Cravinhos. | Reprodução
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Os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos de Paula e Silva, condenados pela morte dos pais de Suzane Von Richthofen, namorada de Daniel à época do crime, vão cumprir o resto de suas penas em regime semiaberto, segundo decisão da Justiça divulgada nesta terça-feira (19). Eles estão presos desde novembro de 2002, e foram condenados a mais de 38 anos de cárcere.

Com a mudança os dois poderão trabalhar ou estudar durante o dia, mas terão que retornar ao Presídio de Taubaté (SP) para dormir. O pedido de mudança de regime foi feito pela defesa dos irmãos, e o Ministério Público apresentou parecer favorável.

Em sua decisão, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani afirmou que Cristian e Daniel apresentaram bom comportamento na prisão, e já cumpriram tempo suficiente de pena para receber o benefício.

Suzane teve pedido de semiaberto negado

Suzane von Richthofen cumpre pena no Presídio de Tremembé (SP). Ela foi condenada a mais de 39 anos, e teve o pedido de progressão de regime negado em junho de 2011.

O promotor Paulo José de Palma afirmou à época que a estudante não tinha condições de passar a cumprir a pena trabalhando fora da prisão durante o dia.

"Suzane apresenta personalidade manipuladora e dissimuladora, demonstrada não apenas pela forma com que se preparou para a prática dos crimes, mas também por seu comportamento posterior, como a presença chorosa no velório e sepultamento dos pais, mentira dita ao irmão e participação no programa de televisão de abrangência nacional, agindo sob orientação de seu advogado, fatos esses que, como se sabe, são públicos e notórios", diz o promotor no parecer.

Relembre o caso

Segundo a versão da polícia e da acusação acusação, Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados no dia 31 de outubro de 2002, quando dormiam em sua casa, no bairro do Brooklin (zona sul de São Paulo).

Suzane, Daniel e Cristian entraram na casa em silêncio. Os irmãos Cravinhos subiram as escadas junto com Suzane, que os avisou que os pais dormiam.

Então, os irmãos desferiram golpes de barra de ferro contra Manfred e Marísia. Após matarem o casal, os dois cobriram os corpos com uma toalha molhada e sacos plásticos.

A biblioteca foi desarrumada para simular um latrocínio (assalto seguido de morte), com uma pasta marrom sendo cortada. Também foram levados, para reforçar a simulação, cerca de US$ 5.000, R$ 8.000 e jóias do casal que estavam na biblioteca. O dinheiro ficou com Cristian, que acabou usando uma parte do montante para comprar uma moto.

Ao deixarem o local do crime, Daniel e Suzane seguiram para um motel em São Paulo, enquanto Cristian seguiu para um hospital visitar um amigo. Depois de algum tempo, Daniel e Suzane foram ao encontro de Andreas von Richthofen, irmão da jovem, que havia sido deixado por Daniel em um cibercafé. Chegaram em casa, e Suzane ligou para a polícia informando do crime.

O policial militar Alexandre Paulino Boto, que atendeu ao chamado, chegou na casa e disse, no decorrer das investigações do crime, que havia estranhado o comportamento de Suzane quando ele disse que os pais da jovem estavam bem. "Como?", perguntou Suzane espantada, segundo o relato de Boto durante o julgamento.

No decorrer das investigações, a delegada responsável pelo inquérito, Cíntia Tucunduva, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), começou a suspeitar do comportamento de Suzane e Daniel diante da "tragédia" ?eles protagonizavam cenas de amor, de acordo com a delegada. No dia 8 de novembro de 2002, os Cravinhos e Suzane confessaram, em interrogatório à delegada, a participação no assassinato do casal Richthofen.



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