Isabella teria morrido mesmo sem queda, afirma laudo

É possível concluir que a menina foi esganada dentro do apartamento

Isabella teria morrido mesmo sem queda, afirma laudo | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O laudo do Instituto M?dico-Legal (IML) sobre o caso Isabella Nardoni, obtido pelo "Jornal Nacional", revela que a menina Isabella teria morrido mesmo se n?o tivesse sido atirada da janela do pr?dio no Carandiru, na Zona Norte de S?o Paulo. O documento que foi entregue ? Pol?cia Civil e ao Minist?rio P?blico traz conclus?es importantes sobre a causa da morte da menina e sobre os momentos que antecederam o assassinato.

Os tr?s m?dicos-legistas que examinaram o corpo de Isabella adiaram em uma semana a entrega do laudo. Eles estudaram, consultaram outros especialistas e finalmente chegaram a um consenso. A causa da morte foi asfixia seguida de politraumatismo. Os legistas conclu?ram que, mesmo antes de ser jogada, Isabella estava condenada ? morte pela esganadura que havia sofrido.

Pelo relato dos legistas, ? poss?vel concluir que a menina foi esganada dentro do apartamento. O principal ind?cio disso ? o fato de que, quando bateu no gramado, a menina ainda estava viva. Isso indica que a asfixia aconteceu minutos antes. Segundo os legistas, se o intervalo entre a esganadura e a queda fosse maior, ela j? teria chegado morta ao solo.

Todo o processo de asfixia, de acordo com os legistas, durou cerca de sete minutos. O agressor apertou o pesco?o de Isabella por cerca de tr?s minutos. Com dificuldade pra respirar, ela desmaiou. Ela podia ter se recuperado com massagem card?aca e respira??o boca a boca. Mas, sem socorro, Isabella piorou. Press?o e batimentos card?acos diminu?ram vertiginosamente. Nesse momento, ? poss?vel que a menina tenha sofrido uma convuls?o. Havia secre?es no nariz e nos pulm?es dela.

Quando foi esganada, Isabella estava mais baixa do que o agressor - ? o que demonstram as marcas das m?os deixadas no pesco?o dela. A menina tinha um corte acima do olho esquerdo, de meio cent?metro de comprimento e quatro mil?metros de profundidade. O ferimento foi provocado por objetos como uma chave ou a ponta de um anel.

H? ind?cios que refor?am a convic??o de que Isabella foi asfixiada na sala: a quantidade de sangue encontrada perto do sof? demonstra que a menina ficou parada ali. E o rastro de gotas de sangue, mais intenso na entrada, diminui no caminho para o quarto, o que indica que a menina j? estava desmaiada quando foi levada na dire??o da janela.

A coagula??o do sangue no ferimento que Isabella tinha na testa demonstra que ela foi machucada pelo menos dez minutos antes de ser jogada. Essa informa??o coincide com o laudo da per?cia, que encontrou sangue da menina no carro da fam?lia. Isso sugere que ela foi ferida antes de subir para o apartamento. A quantidade de sangue na entrada da casa demonstra que ela chegou ferida, mas consciente.

A menina tinha ferimentos internos na boca e um corte na l?ngua, provocados pela press?o dos l?bios contra os dentes. Trata-se de uma poss?vel tentativa de calar a crian?a. O impacto do corpo contra o solo, de uma altura de vinte metros e a uma velocidade de 78 km/h, provocou hemorragia interna e fratura no pulso.

Os m?dicos n?o conseguiram descobrir se a fratura na bacia foi consequ?ncia da queda. Existe a possibilidade de que, antes de ser atirada pela janela, Isabella tenha sido jogada violentamente contra o ch?o.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES