“Já acostumei”, diz morador da Penha, no Rio de Janeiro

Quem não consegue superar o medo, se esconde em casa.

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Com tanques e outros veículos blindados circulando a todo momento na Avenida Braz de Pina, na Penha, subúrbio do Rio, fica difícil manter a rotina. Com a série de ataques criminosos no estado, o bairro é um dos principais alvos da polícia, pois ali, junto à Igreja da Penha, fica a favela Vila Cruzeiro. Quem não quer se render à violência, procurar levar a vida normalmente.

?Está tranquilo. Estou vendo as pessoas andando e a gente não pode ficar em casa. É vida que segue?, afirmou um morador da Penha, que não quis se identificar. Na tarde de quinta-feira (25), ele precisou ir ao mercado e não deixou de fazer suas compras por causa dos confrontos entre os traficantes e a polícia. No ponto, enquanto aguardava seu ônibus, ouvia os tiros vindos do morro.

O técnico em enfermagem Leandro Borges, 29, também disse estar ?tranquilo? ao sair de casa. ?Eu não tenho medo. Já me acostumei com essa situação (de violência) no Rio.?

Mas a dona de casa Rosa Borges, de 57 anos, não pensa como ele. Assistia à toda movimentação dos policiais atrás das grades da janela de seu apartamento, que tem o morro como vista ao fundo. ?Eu me sinto uma prisioneira. É horrível não poder sair.? Para o comerciante José Antônio da Silva, 61, que foi à Penha fechar um negócio, a intenção era tomar logo o caminho de casa. ?A violência do dia ?a- dia assusta.?

Balanço

Ao todo, 72 veículos foram incendiados em quatro dias de ataques na Região Metropolitana do Rio. O balanço, divulgado por volta das 20h de quinta-feira, é da Polícia Militar.

Só nesta quinta, foram 31 ataques a veículos, sendo 13 carros, duas vans, 11 ônibus, duas motos, dois caminhões e um micro-ônibus.

O número de mortos e feridos nos confrontos na Vila Cruzeiro ainda não foi contabilizado, mas já há 25 mortos, sendo dois no Jacarezinho, no subúrbio. No mesmo local, a Polícia Civil fez uma operação nesta quinta e confirmou outros sete mortos.



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