Já condenado a 221 anos de prisão, Fernandinho Beira-Mar pode pegar mais 150 anos

Por cada assassinato, Beira-Mar pode ser condenado a até 30 anos de prisão

Beira-mar, escoltado por agentes do SISPEN, durante audiência no Fórum | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Já condenado a penas que chegam a 221 anos de prisão, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, pode, se condenado em outros dois júris populares, ter sentenças que somadas cheguem a 371 anos de cadeia. Um dos júris a que será submetido é pelo assassinato de cinco pessoas, entre elas o também traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, morto carbonizado durante uma rebelião, em Bangu 1, em 2002.

Por cada assassinato, Beira-Mar pode ser condenado a até 30 anos de prisão. Os julgamentos pelas mortes ainda não foram marcados. No processo da morte de Uê, da 1ª Vara Criminal da Capital, o ele ainda recorre da decisão, de 2002, que determinou que ele vá a júri popular. Outros cinco criminosos também respondem pelo crime de homicídio qualificado.

Na outra ação, Beira-Mar é acusado de ter ordenado, por telefone, em 1999, a morte de um jovem que teve um caso com uma de suas namoradas. O processo, no qual é acusado de homicídio triplamente qualificado, corria em Duque de Caxias, mas o juiz Paulo Rodolfo Maximiliano de Gomes Tostes, da 4ª Vara Criminal do município, pediu, em 2011, que a ação fosse encaminhada à capital, pelo temor das testemunhas e jurados, já que a cidade é reduto de Beira-Mar. Ainda não houve decisão dos desembargadores da 4ª Câmara Criminal para a solicitação, e o júri não pode ser marcado.

Condenação

Na madrugada da última quarta-feira, Beira-Mar foi condenado, no 4º Tribunal do Júri da capital, a 80 anos de prisão, por ter ordenado as mortes de Antônio Alexandre Vieira Nunes, Edinei Thomaz Santos e Adaílton Cardoso de Lima. Apenas o último sobreviveu.

Fora do Rio

Desde setembro de 2012 no Presídio Federal de Catanduvas, Beira-Mar chegou ao Rio na segunda-feira e dormiu duas noites em Bangu 1.

Medo

Assim como o outro processo pelo qual Beira-Mar responde em Caxias, a ação em que foi julgado também foi transferida do município para a capital. Componentes do júri relataram medo de participarem do julgamento.

Novo júri

A defesa do traficante já recorreu da decisão da Justiça. Os advogados vão entrar com pedido para anular o júri, e realizar nova sessão.

Dívida

Além dos problemas na esfera criminal, Beira-Mar ainda responde processo, na Justiça Federal, por ter sido pego na malha fina. Ele tem uma dívida tributária de mais de R$ 14 mil com o Imposto de Renda. A pendência é de 1998.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES