Jovem vai do Pará ao RS para conhecer namorado da internet e acaba morta

Os dois estavam na casa de Victor quando vizinhos ouviram gritos e dois disparos de arma de fogo e acionaram a polícia neste domingo (25).

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma mulher de 21 anos foi assassinada pelo namorado após viajar do Pará para o Rio Grande do Sul para conhecê-lo pessoalmente, segundo a polícia.

André Vilela, 37, conheceu Laila Vitória Rocha nas redes sociais. Ele usava o nome"Victor Samedi" nas plataformas. A mulher viajou 3,5 mil km de Parauapebas (PA) até Porto Alegre no fim de janeiro para encontrá-lo pessoalmente.

Jovem vai do Pará ao RS para conhecer namorado da internet e acaba morta (Reprodução/Redes Sociais)Os dois estavam na casa de Victor quando vizinhos ouviram gritos e dois disparos de arma de fogo e acionaram a polícia neste domingo (25). A jovem foi encontrada morta com parte do corpo carbonizado na lareira da residência.

Laila estava com passagem de volta para casa comprada e já tinha relatado para amigos que sofria agressões no relacionamento. O corpo dela foi encontrado com marcas que sinalizam luta corporal.

A defesa do suspeito diz que os fatos não aconteceram na maneira como a polícia divulgou e que buscará esclarecer o caso.

"Ele já havia verbalizado que ia matá-la, que não aguentava mais, que não estava satisfeito com o comportamento dela. Enfim, é uma situação clássica de feminicídio, em que um homem agressivo acaba discordando de algum tipo de comportamento da mulher e a mata", disse a Delegada Cristiane Ramos.

André, que era monitorado por tornozeleira eletrônica após responder por três homicídios tentados, rompeu o equipamento e fugiu para uma área de mata. Ele ainda era considerado foragido na manhã de hoje, segundo a polícia.

André é popular nas redes sociais e tem mais de 30 mil seguidores somados no TikTok e no Instagram. O suspeito se classifica como "necromante" e diz que faz "qualquer tipo de trabalho", sendo chamado de mestre por alguns dos seguidores e cobrando até R$ 300 por supostas "consultas espirituais".

A polícia explicou que o homem criou a própria religião e descartou que a morte da jovem tenha qualquer relação com seitas.

Em nota, a defesa de André afirmou que ele não praticou os atos "na forma que vem sendo estampado" e disse que a "verdade real dos fatos" será esclarecida.

"A defesa do assistido já manteve contato com a autoridade policial gaúcha para mediar a apresentação espontânea de seu cliente", diz Jean Maicon Kruse, advogado de André.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES