Pedida prisão de suspeito de matar PM após depoimento de policiais

O suspeito ainda está foragido.

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Dois PMs da guarnição de Rodrigo Paes Leme, policial da UPP de Nova Brasília, morto dentro da favela após ser encurralado por bandidos, reconheceram o responsável pelo disparo em depoimento na Divisão de Homicídios. Com base nos relatos dos policiais, o delegado responsável pelo caso, Alexandre Herdy, pediu, na última sexta-feira a prisão temporária de Igor Cristiano Santos de Freitas, de 26 anos. A prisão foi decretada horas depois no Plantão Judiciário. O suspeito ainda está foragido.

Em 2007, Igor foi preso, no Morro do Adeus, no Complexo do Alemão, em flagrante durante uma operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) com um fuzil. Na ocasião, o policial civil Eduardo Henrique de Matos, de 35 anos, que estava dentro de um helicóptero da Polícia Civil, morreu após levar um tiro na cabeça. Igor ficou preso até agosto de 2011, quando foi inocentado pelo homicídio do agente e por quatro tentativas de homicídio pelo 1º Tribunal do Júri.

Segundo o depoimento dos policiais na DH, três equipes da UPP Nova Brasília faziam um patrulhamento na região conhecida como Chuveirinho quando um dos militares passou mal. Neste momento, todos desceram para buscar socorro. No caminho, quando os PMs passaram por uma localidade conhecida como Inferno Verde, as guarnições teriam sido encurraladas por bandidos. Durante tiroteio, Rodrigo foi atingido por um disparo no peito. Os PMs também contaram que ficaram alguns minutos debaixo de tiros, sem conseguir sair do local.

Quando chegaram à UPA do Alemão, Rodrigo já estava morto. Um dos PMs que estava na guarnição contou que, antes de morrer, Rodrigo deixou um recado para a família: ?Manda um beijo para minha filha, que não vai dar mais não, parceiro?, avisou. Ele tinha o brasão da Polícia Militar e sua matrícula na corporação tatuados no braço direito e era formado há cerca de dois anos. Ele deixou a esposa, que também é PM, e oito filhos registrados.

Rodrigo é o quinto PM lotado em UPP morto em confronto com bandidos nos últimos cinco meses. Desse total, três morreram em tiroteios nos Complexos do Alemão e da Penha.



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