Mãe e avó são suspeitas de tentar trocar criança por imóvel

Mãe da criança queria tanto trocar bebê por apartamento que nem chegou a registrar a criança

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A adolescente R.M.S.S., 17, de Manaus, é acusada de negociar com a ajuda da própria mãe, Jandelvane Brito Silva, 45, a troca de sua filha de onze meses por um apartamento. A dupla prestou esclarecimentos sobre o caso na manhã desta terça-feira (9) na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) e negou a acusação. A negociata foi denunciada à polícia pela tia da criança, Luciane Mayara Silva.

A tia da criança disse que a história começou quando um casal que viajava do Amazonas para Boa Vista fez uma parada no estabelecimento comercial onde R.M.S.S. e Jandelvane trabalham, no km 200, da BR-174, que liga os dois Estados. Os dois acharam a criança muito bonita, e diante dos inúmeros elogios, a mãe ofereceu o bebê e começou a negociação.

Segundo ela, a intenção de trocar o bebê por um imóvel era tão forte que R.M.S.S. nem chegou a registrar a criança. ?A menina não foi registrada até hoje porque ela queria fazer tudo direitinho. Queria que o casal da troca não tivesse problemas na hora de registrar?, disse.

Luciane Mayara afirmou, ainda, que a criança chegou a ser levada para Boa Vista, para conhecer melhor o casal responsável pela ?doação? do apartamento, mas retornou porque o processo de transferência do imóvel estava longe de ser concluído.

Em defesa, a mãe e a avó da criança informaram, durante esclarecimento à polícia, que a história é um grande mal entendido decorrente de intriga familiar. Elas confirmaram que em alguns momentos falaram sobre ?troca? e ?venda? da criança por bens, mas que tudo não passou de uma brincadeira que elas tinham com os clientes que passavam pelo pequeno estabelecimento comercial em que trabalham.

Paternidade

?Elas falaram que brincavam com alguns clientes que passavam pelo bar e elogiavam a beleza da criança. A criança de fato é muito bonita. Elas dizem que a denúncia é uma intriga de família porque a tia da menina quer a guarda.?, afirmou o coordenador do Conselho Tutelar da zona norte de Manaus, Marcos Frota.

Sobre o fato de a criança não ter documentos de nascimento, R.M.S.S. alegou à polícia que ?deixou pra lá? porque o pai da menina teria se negado a fazer o registro até a comprovação da paternidade. Ela disse que não apresentou nenhum pedido para exame de DNA.

Frota disse, ainda, que a tia denunciante está responsável provisoriamente pela guarda da menina e que na tarde desta terça encaminhará relatório ao Juizado da Criança e do Adolescente. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) acompanha o caso e a possível participação de mais parentes no caso.



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