Magistrados começam a trabalhar em processos de juíza morta

Três magistrados assumiram processos da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo

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Três juízes começaram a trabalhar nesta terça-feira (16) nos processos da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, onde trabalhava a juíza Patrícia Acioli. A juíza foi assassinada na última sexta (12), quando chegava em casa, em Niterói. De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ-RJ), os juízes não estão despachando no gabinete da juíza, já que a Polícia Civil lacrou o local para que seja feita a perícia.

O TJ-RJ preferiu não divulgar o endereço onde os juízes Fabio Uchoa, Alexandre Oliveira Camacho de França e Claudia Márcia Vidal estão trabalhando. Na segunda-feira (15), o desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, presidente do TJ-RJ, afirmou que os três serão os responsáveis por dar prosseguimento aos processos contra milícias e máfias de transporte ilegal que atuam na região. Os juízes vão receber segurança do próprio tribunal.

De acordo com o desembargador, há um mês ele determinou a compra de seis carros blindados para o TJ e, após a morte da juíza Patrícia Acioli, irá alugar mais cinco veículos para atender os magistrados que se sentirem ameaçados.

A Polícia Civil analisa as câmeras do Fórum de São Gonçalo, além das imagens do circuito interno de segurança do condomínio em Niterói, onde ela morava. O desembargador informou ainda que em casos de processos mais complicados, como os relativos a grupos de milicianos, da máfia de transportes irregulares, podem ocorrer desaforamento. Ou seja, os julgamentos poderão ocorrer em outros tribunais do estado, como Niterói ou Rio de Janeiro.

Na segunda, o presidente do TJ disse que esteve com o delegado Felipe Ettore, da Divisão de Homicídios (DH), que investiga o crime e que ficou muito otimista com o que ouviu.

"Existem várias linhas de investigação. Mas estou muito otimista, muito esperançoso com a solução deste crime. O delegado me disse que está otimista com relação à identificação dos assassinos. Fiquei muito bem impressionado", disse o desembargador.

"Ela nunca se acovardou", diz irmã da juíza

"Apesar de todos os riscos, ela nunca se acovardou e sempre enfrentou todos esses bandidos com medo, mas com muita coragem?, disse Simone Acioli, irmã da juíza Patrícia.

?Quem conhece minha irmã sabe que ela era uma pessoa maravilhosa, generosa e sempre muito preocupada com a Justiça desde pequena?, afirmou Simone.

No fim de semana foram presos oito policiais militares do Batalhão de São Gonçalo acusados de assassinar um jovem em uma comunidade da cidade. A prisão preventiva do grupo havia sido decretada por Patrícia horas antes de ela ser executada.



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