Mais 26 PMs vão a júri por participação no Massacre do Carandiru

Eles são acusados pela morte de 73 presos no 3º pavimento da Casa de Detenção de São Paulo no episódio que terminou com 111 mortos em 1992

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A segunda etapa do julgamento dos policiais militares acusados pela morte de 111 presos no Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, em outubro de 1992 - no episódio que ficou conhecido como massacre do Carandiru -, começa nesta segunda-feira, no Fórum Criminal da Barra Funda. No júri, 26 policiais vão responder por 73 mortes ocorridas no 2º andar (terceiro pavimento) do Pavilhão 9.

No último dia 21 de abril, 23 policiais militares - todos integrantes do 1º Batalhão de Choque (a Rota) -, foram condenados a 156 anos de prisão por conta de 13 das 15 mortes ocorridas no 1º andar do prédio. Eles receberam a pena mínima para cada homicídio, que é de 6 anos, somada a mais 6 anos por impossibilitarem a defesa das vítimas. Todos recorrem da sentença em liberdade.

Na primeira etapa, o júri ainda absolveu 3 PMs denunciados: Roberto Alberto da Silva, Eduardo Espósito e Maurício Marchese Rodrigues, seguindo recomendação do próprio Ministério Público, porque eles não atuaram no 1º andar do pavilhão com a tropa. Os jurados também aceitaram a tese de que o grupo não foi responsável por duas das 15 mortes pelas quais foram denunciados, pois um preso morreu em outro pavimento e o outro não foi atingido por disparo de arma de fogo.

O promotor Fernando Pereira da Silva, responsável pela acusação dos réus, afirma que dos 30 policiais originalmente acusados pelas mortes no terceiro pavimento da Casa de Detenção, três morreram e um está suspenso por conta de um requerimento da defesa, por possuir um quadro de insanidade mental, o que o impede de ir a júri.

"O que vimos no primeiro julgamento é um reconhecimento de que houve no interior da Casa de Detenção um massacre. Ali, 26 policiais foram julgados por 13 mortes. Agora, teremos o mesmo número de policiais para 73 mortes, com provas materiais ainda mais evidentes. Em mais de um local houve rajadas de metralhadoras dentro das celas", diz ele.



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