Menina baleada que ficou oito horas esperando por cirurgia tem sua morte cerebral decretada

Crespo foi chamado na última quarta-feira de “delinquente” pelo prefeito Eduardo Paes.

Menina não resistiu e morreu neste domingo. | Reprodução
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A menina Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos, que foi baleada na cabeça na véspera de Natal, teve morte cerebral neste domingo. A informação foi confirmada pelo pai da criança, Marco Vieira, que afirmou ter sido informado pelo pediatra que cuidava de Adrielly durante visita ao hospital por volta das 17h de hoje.

Ela estava desde quinta-feira em estado grave no CTI do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, após ser transferida do Salgado Filho, no Méier, onde esperou oito horas para ser operada.

A criança havia sido atingida por uma bala perdida na comunidade Urubuzinho, em Pilares, Zona Norte do Rio, e ficou no hospital sem atendimento. O neurocirgurgião Adão Crespo Gonçalves, que estava de plantão na ocasião, faltou ao trabalho.

Crespo foi chamado na última quarta-feira de "delinquente" pelo prefeito Eduardo Paes. ?Tem que demitir esse médico irresponsável. Não dá para a pessoa estar escalada para o plantão e simplesmente não aparecer. Acho até que ele tinha que responder criminalmente pela ausência?, disse Paes.

Na última quarta, a polícia enviou requerimento para que o hospital apresente quatro médicos para prestarem depoimento.

A intimação refere-se a Adão; Enio Eduardo Lopes, chefe do plantão; e outros dois médicos que estavam na unidade depois que a menina chegou. O delegado Luiz Archimedes, da 23ª DP (Méier), abriu inquérito para apurar se houve omissão de socorro.

Caso seja indiciado e condenado, o neurocirurgião pode pegar pena que varia de um mês a 1 ano e meio de detenção.



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