Menina de 4 anos morre após cair do 2º andar de escola

Uma menina de 4 anos morreu após cair do segundo andar de uma escola, em Colatina, Noroeste do Espírito Santo. O caso foi registrado na última quinta-feira (31). A criança chegou a ser socorrida e ficou internada por quatro dias no hospital da cidade, no entanto a morte foi confirmada na manhã desta segunda-feira (04).

A criança foi identificada como Elysa de Souza Burmann, e veio a óbito por volta das 7h15. O Hospital Maternidade São José, onde a criança estava hospitalizada, também confirmou o falecimento da menina, confira.

"O Hospital Maternidade São José informa que a criança envolvida no acidente grave da última semana veio a óbito, hoje, dia 4, às 7h15. Desde que chegou ao hospital, a paciente foi prontamente atendida pela equipe multidisciplinar. Foi acolhida em sala de emergência, submetida aos primeiros suportes e realizou todos os exames. Em seguida, foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do hospital, onde permaneceu monitorada e em observação ininterrupta por equipe médica e de enfermagem. No sábado, houve a necessidade de ser submetida a um procedimento neurocirúrgico para remoção de um hematoma no cérebro, retornando à Unidade Intensiva. Infelizmente, hoje, devido a gravidade do caso, a paciente veio a óbito. A família foi imediatamente comunicada de todos os fatos ocorridos. A equipe profissional do Hospital Maternidade São José se solidariza."

ENTENDA O CASO 

Uma criança de 4 anos foi internada em estado grave depois de cair do segundo andar da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Cleres Martins Moreirano,em Colatino, Noroeste do Espírito Santo. O caso foi registrado na última quinta-feira (31), e de acordo com testemunhas à polícia, a menina teria saído sozinha do local onde estava que fica no 2º andar da unidade para ir ao banheiro que fica no térreo , e no caminho ela teria entrado em uma outra sala onde ocorreu o acidente. 

Janela de onde a menina caiu (Foto: Reprodução)

Ainda de acordo com as testemunhas que socorreram a criança, ela foi encontrada na calçada da escola e foi levada para dentro do local. Os funcionários da escola levaram a criança até o Hospital São José, localizado em Colatina. O hospital emitiu um comunicado informando que a criança recebeu atendimento imediato e os médicos realizaram os primeiros procedimentos para estabilizar seu estado de saúde.

Ainda conforme o comunicado do hospital, após repetidas tomografias, a equipe de neurocirurgia optou por recomendar uma intervenção cirúrgica para a menina. Em uma atualização fornecida neste domingo (3), a unidade informou que a cirurgia foi realizada no sábado (2) e que a menina está sendo cuidadosamente monitorada.

"A paciente está sendo monitorada com ventilação mecânica, após cirurgia realizada pela equipe de neurologia. O estado é muito grave e delicado", informou a nota.

A Prefeitura de Colatina confirmou o acidente por volta das 16h10 de quinta-feira (31). Segundo a administração, "imediatamente após o ocorrido, enquanto uma equipe prestava assistência à criança e à família, a Prefeitura de Colatina registrou uma queixa na Polícia Civil e iniciou um processo administrativo interno para garantir que tudo seja devidamente esclarecido". Em uma entrevista à reportagem, o prefeito de Colatina, Guerino Balestrassi, afirmou que todas as escolas do município serão submetidas a inspeções.

"Estamos pautando todas as escolas e as reformas necessárias precisam ser feitas. Já temos o cadastro de cerca de 40 escolas", disse Guerino.

De acordo com o delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Colatina, Deverly Pereira Junior, as diligências foram determinadas junto à escola.

"Aparentemente a báscula da janela está quebrada. A gente só não sabe se já estava quebrada antes do acidente ou se ela se quebrou com o acidente. A partir de agora, vamos intimar as testemunhas, as pessoas que ajudaram a socorrer essa criança na rua, para que a gente possa delimitar o que aconteceu: se foi realmente um acidente, se houve negligência da parte de algum funcionário, se houve, talvez, um crime mais grave", esclareceu.