MP investiga Ivo Meireles por envolvimento com tráfico

Ivo Meirelles é investigado no crime de associação ao tráfico de drogas. Criminosos receberiam verbas da agremiação, segundo a denúncia.

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Sambista Ivo Meireles, presidente da Mangueira | Cléber Júnior
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) requereu ao Juízo da 39ª Vara Criminal a quebra do sigilo fiscal e das contas bancárias do presidente da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, Ivo Meirelles. Também foi requerida a quebra do sigilo bancário das contas correntes em nome da gremiação. O pedido foi feito nesta terça-feira (19) e informação foi divulgada pela assessoria do MP-RJ nesta quarta-feira (20).

Segundo o MP, a medida faz parte da investigação conduzida pela 8ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos da Capital, que analisa a suspeita de envolvimento do presidente da escola no crime de associação para o tráfico de drogas.

Procurada , a assessoria da escola de samba informou, por volta das 11h, que não havia um posicionamento sobre o assunto.

De acordo com a promotora de Justiça Vera Regina de Almeida, responsável pelo inquérito, as "informações solicitadas têm por finalidade verificar não apenas a evolução patrimonial de Ivo Meirelles, durante o período em que esteve à frente da diretoria da escola de samba, mas também as transferências bancárias realizadas".

Por determinação da Justiça, as informações sobre as contas bancárias existentes foram encaminhadas ao Ministério Público entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano. Seis contas em nome de Ivo e 54 contas em nome da agremiação - nas quais ele consta como representante, foram identificadas. Com base nestes dados, a promotora pediu a quebra do sigilo para verificar possíveis irregularidades desde a posse de Ivo como presidente, em abril de 2009, até dezembro de 2012.

Ivo Meirelles indiciado

Ivo Meirelles foi indiciado pelo crime de associação para o tráfico. A investigação foi requerida pelo MP-RJ, após denúncia anônima, no dia 16 de dezembro de 2010.

De acordo com a denúncia, os então líderes do tráfico de drogas Francisco Paulo Testas Monteiro, vulgo Tuchinha, e Alexandre Mendes da Silva, vulgo Polegar e sobrinho de Tuchinha, recebiam verbas da agremiação. O pagamento seria mensal, em torno de R$ 150 mil. Em troca, os traficantes teriam ordenado a nomeação de Ivo como presidente da escola e indicado outros integrantes para funções de diretoria.

Comércio fechado

Durante toda a segunda-feira (19), o comércio na Mangueira permaneceu fechado após a morte de Acir Ronaldo da Silva, que seria traficante na comunidade. De acordo com a polícia, Acir fazia parte do grupo de 10 criminosos que em março de 2012 teria invadido a quadra da Mangueira para tentar impedir a eleição para a presidência da escola de samba. A Unidade de Polícia Pacificadora da Mangueira anunciou o reforço de 200 PMs nesta terça-feira (20).



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