MS: criança é mantida pela mãe em casa sem luz por 3 anos

Vizinhos procuraram um frei da comunidade para relatar o caso

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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul investiga o caso de uma criança de 5 anos mantida presa pela mãe por cerca de três anos em uma casa sem energia elétrica em Campo Grande. A mulher, de 45 anos, seria esquizofrênica. A menina foi libertada na quinta-feira.

De acordo com a titular da delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, delegada Regina Márcia Mota, a mulher vivia com a criança em uma casa totalmente vedada para impedir a entrada de luz, em um matagal do bairro Nova Lima. O serviço de energia elétrica estava suspenso há dois meses.

Vizinhos procuraram um frei da comunidade para relatar o caso. Segundo a delegada, eles tentavam contato com a família, mas eram recebidos a pedradas. O religioso avisou o Conselho Tutelar, que acionou a polícia. Regina informou que a criança estava em boas condições de saúde e não apresentava sinais de maus-tratos.

Conforme apontou a investigação, a mulher sobrevivia de uma pensão. Cerca de uma vez por mês ela saía da casa, com a criança, em direção ao centro da cidade, onde fazia compras e sacava dinheiro.

A mulher foi enviada para o instituto de psiquiatria da Prefeitura de Campo Grande, onde recebe tratamento médico. Uma avaliação preliminar indicou possível esquizofrenia, mas a polícia aguarda o laudo oficial. A criança está em um abrigo.

Familiares podem ser responsabilizados

A delegada Regina ouviu a avó da menina e um sobrinho da mulher. O pai da criança será ouvido na terça-feira. Em depoimento, os familiares disseram não ter contato com a mulher e desconhecer a situação da família.

Conforme informou a delegada, a mulher não tem condições de ser indiciada, por sua "insanidade mental". "Ela também se mantinha presa, tinha medo de ser agredida", disse Regina.

O pai da criança e os familiares da mulher podem responder a processo por abandono material e omissão de socorro, caso a polícia conclua que eles sabiam da situação e não fizeram nada para socorrê-las. A pena para omissão é de um a seis meses de prisão. Para abandono material, a pena é de um a quatro anos de prisão.



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