Mulher de ex-juiz é condenada por lavagem de dinheiro

ex-juiz federal Rocha Mattos foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Anaconda

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A advogada Aline Kemer Tamada da Rocha Mattos, mulher do ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, foi condenada pelo crime de lavagem de dinheiro pela 6ª Vara Federal Criminal, especializada em crimes financeiros, segundo informações da Procuradoria da República paulista divulgadas nesta quarta-feira.

Aline deverá cumprir pena de três anos e três meses de prisão em regime aberto e pagar 22 dias-multa pelo crime de lavagem de dinheiro proveniente de crimes contra a administração pública. A pena foi convertida em prestação de serviços comunitários e ao pagamento de cinco salários mínimos a uma entidade assistencial ainda a ser definida. Aline poderá recorrer da sentença em liberdade.

De acordo com denúncia feita pelo Ministério Público Federal em São Paulo, a advogada comprou dois carros em 2003, mas os revendeu em novembro do mesmo ano, menos de uma semana depois da deflagração da operação Anaconda, que prendeu seu marido, em 30 de outubro.

A denúncia afirmou que os veículos, que não foram declarados à Receita Federal, foram pagos por meio de depósitos de pequenos valores em diferentes agências bancárias. Segundo a sentença, os pagamentos picados foram feitos para enganar as autoridades. A venda de um dos carros a um octogenário teria sido simulada com o intuito de impedir a apreensão do veículo pela Polícia Federal. A sentença determinou a perda da propriedade dos veículos, que estão apreendidos.

O procurador da República Rodrigo de Grandis disse que a acusada realizou lavagem de dinheiro oriundo de crimes contra a administração pública praticados pela organização criminosa da qual seu marido fazia parte. O ex-juiz Rocha Mattos foi condenado por peculato, prevaricação, corrupção passiva e quadrilha pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Operação Anaconda

O ex-juiz federal Rocha Mattos foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Anaconda, em 2003, que apurou a venda de sentenças judiciais e tráfico de influência, entre outros crimes. A quadrilha de que fazia parte foi desmantelada e presa, sob acusação de beneficiar criminosos com um esquema de falsificação de documentos, corrupção e venda de decisões judiciais na Justiça Federal de primeiro grau, em São Paulo.



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