Mulher de 38 anos diz ter pena do ex-marido suspeito de organizar estupro coletivo e sua morte

Ela foi casada durante 17 anos com o suspeito de mandar praticar o ato.

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Homem é suspeito de ser o mandante do crime. | Divulgação
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A mulher de 38 anos, estuprada por um homem e dois menores de idade, em novembro de 2012, em Curitiba, afirmou nesta sexta-feira (25) que sente pena do ex-marido, de 39 anos. De acordo com a polícia, ele é suspeito de ser o mandante do crime. ?Consigo [perdoá-lo]. Tenho pena dele. Pena do que fez para ele e para os meus filhos. Ele acabou. O meu filho mais novo está totalmente transtornado porque ele era muito ligado ao pai. Disso eu tenho pena?, desabafou.

A enfermeira foi casada durante 17 anos com o suspeito e teve dois filhos com ele, que, atualmente, têm 19 e 21 anos. Eles estavam separados há quatro anos e as agressões, segundo a vítima, começaram após a separação.

O delegado Amarildo Antunes, responsável pelo caso, disse que a ordem do homem era torturar, estuprar e matar a ex-mulher. ?Ele pediu até para que arrancassem os dentes dela e deixassem com o rosto marcado?. O suspeito foi preso na terça-feira (22) e os outros três homens envolvidos no caso foram capturados na quarta (23) junto com os dois adolescentes.

Um dos envolvidos no crime é o melhor amigo do ex-marido e conhecia a vítima há 20 anos. De acordo com a polícia, ele contratou os rapazes que cometeram o crime. Ainda conforme o delegado, o ex-marido pagou R$ 300 para que eles a estuprassem e prometeu um bônus de R$ 300 caso eles a matassem.

A mulher não imaginava que o ex estivesse envolvido no caso. ?Eu achava que as coisas que ele fazia eram materiais. Não consegui acreditar. Ainda é difícil acreditar?, declarou. A enfermeira foi informada pela polícia sobre o envolvimento do ex-marido no estupro. ?Eles [policiais] me falaram que tinha um [carro] Polo preto envolvido na fuga e me perguntaram se eu conhecia. Falei que não. Daí, eles me mostraram quem era o proprietário do Polo preto. Era meu ex-marido?.

?Casamento foi normal, com altos e baixos, como qualquer outro. Quando a gente realmente colocou um ponto final em tudo, ele começou a se demonstrar uma pessoa que eu não conhecia. Se eu saísse para algum lugar, ele riscava o meu carro, cortava o pneu?, relatou a vítima.

Com a solução do caso e a prisão dos suspeitos, a mulher pretende seguir a vida normalmente. Desde o ocorrido, ela não tem mais casa nem emprego. ?Eu quero melhorar o meu psicológico e quero poder recomeçar. Quero procurar trabalho novamente. Hoje eu não tenho trabalho, não tenho residência fixa mais. Quero ter uma vida normal. Acho que demora um pouco, mas eu consigo?. Ela está tendo acompanhamento psicológico e tomando remédio para dormir.

Para as mulheres que sofrem agressão dos maridos e companheiros, a orientação da enfermeira é de que elas procurem a polícia. ?Eu falaria para elas não terem medo. Procurar ajuda antes, para não chegar ao extremo que chegou meu caso?, finalizou.



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