Mulher é torturada e ameaçada pelo namorado na Bahia

era Lúcia afirma que foi agredida com socos e pontapés por 3 horas

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Uma mulher identificada por Vera Lúcia, de 37 anos, denunciou seu companheiro por agressão, após ser espancada por três horas seguidas.

Ela deixou a casa onde morava, com o objetivo de buscar um emprego melhor em Salvador, para ajudar na criação da filha que ficou com a avó no interior.

Em Salvador, ela morou no bairro de Pernambués, onde alugou um quarto e conheceu o namorado que, no início, parecia ser muito prestativo, sempre disposto a ajudá-la. Mas, com o tempo, ela conta que o homem revelou ser muito violento.

" Ele Invadiu minha casa e me arrastou do banheiro ao quarto. Toda hora que fecho os olhos, eu tô vendo aquele terror, que parecia que não ia acabar mais, vendo a morte nos olhos. A humilhação que eu passei: ele me botar ajoelhada e dizer pra eu implorar pela minha vida. Quando eu implorava, ele metia a mão no meu rosto e batia de novo, me chutava. Eu nua, não tinha nem como correr."

Após ser agredida com socos e pontapés, além de sofrer tortura psicológica, a mulher foi encorajada a prestar queixa, mas o suspeito continuou em liberdade.

A decisão não foi bem recebida pelo agressor. Vera revela que foi ameaçada pelo namorado. Segundo ela, o homem teria feito um vídeo de um momento íntimo do casal e prometeu divulgar, caso ela denunciasse a violência.

" De cinco da tarde até quase oito. Quando ele soltou a minha garganta, eu gritei: Jesus me socorra, Jesus! Foi que um menino em cima da laje escutou,  e falou: Dona Vera, a senhora está gritando Jesus, é o que Dona Vera? Foi aí que ele se assustou, abriu a porta e se mandou. E eu fiquei nua lá no chão."

Os hematomas espalhados pelo corpo e o rosto não deixam dúvidas que Vera foi vítima de violência doméstica. As feridas podem cicatrizar, mas o trauma deixou marcas que não aparecem, mas são difíceis de esquecer.

Com medo, Vera mora, provisoriamente, na casa de uma amiga.  Ela denunciou o caso, mas o ex tem uma vida normal e ela teme que o crime fique impune.



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