Mulher que acusa policiais de estupro diz que não consegue dormir

A vítima é uma paraibana, é casada e tem um filho

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A jovem moradora da Rocinha que acusa policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) de estupro, na manhã do dia 25 deste mês, afirma estar assustada e com medo.

“Eu sinto nojo de mim como mulher, eu me sinto estranha perante o meu marido, me sinto assustada, eu tenho medo por não acreditar muito que possa ter a justiça que deveria ter para uma pessoa que faz isso com outra e fico revoltada por saber que isso tudo está acontecendo comigo aonde eu moro. Eu não consigo dormir, eu não consigo comer direito, eu tenho vergonha de sair na rua”, disse a mulher em um vídeo gravado pela Comissão de Direitos Humanos da Rocinha.

Segundo a vítima, que tem 30 anos e é estudante do primeiro período da faculdade de Comunicação Social, o crime teria acontecido num beco da comunidade, quando ela voltava de uma confraternização de Natal, por volta das 6h. No caminho, ela viu um homem baleado e os policiais mandaram que ela passasse pelo beco.

“Ele me levou para dentro do beco, pegou no meu cabelo, me colocou de costas para uma parede. Antes de me colocar de costas, eu caí, foi quando ele me puxou pelo cabelo. Quando ele caiu por cima de mim, eu tentei olhar para o rosto, só que tinha um colete que ele usava na frente da roupa. Ele me pegou pelo peito, me colocou já de costas e falou para eu ficar quieta que ninguém ia conseguir ouvir e que aquilo ia acabar rapidinho”, disse a jovem, visivelmente abalada.

No sábado (26), ela fez um exame de corpo de delito de conjunção carnal e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou sinais da violência. Ainda de acordo com o exame, ela tinha vários machucados. A Polícia Civil pediu exames complementares e ouviu os dois PMs que são suspeitos de cometer o crime. O subcomandante do Bope, major Nunes, garantiu que se o crime for comprovado, os dois policiais serão punidos e afastados da corporação.

A vítima é uma paraibana, é casada e tem um filho.Segundo a polícia, a mulher foi à delegacia prestar depoimento, mas não reconheceu os policiais apontados como suspeitos, como mostrou o RJTV desta quarta-feira (30). Ela foi à unidade duas vezes para tentar reconhecer a dupla. Alguns dos agentes também foram ouvidos, mas até agora todos negaram as acusações. O delegado responsável pelo caso disse que a investigação é sigilosa e solicitou à PM a identificação dos policiais escalados para trabalhar naquele dia.Em nota, a Corregedoria Interna da Polícia Militar informou que determinou que a 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (1ªDPJM) instaurasse um Inquérito Policial Militar para aprofundar as investigações sobre este caso.



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