Mulher que teve olhos perfurados pelo ex depõe com acusado e testemunhas

Vítima, acusado e testemunhas depõem no 1º Tribunal do Júri de Goiânia.

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A primeira audiência sobre a tentativa de homicídio contra a operadora de caixa Mara Rúbia Guimarães, 27 anos, que teve os olhos perfurados pelo ex-marido, Wilson Bicudo, começou às 8h50 desta sexta-feira (6), no 1º Tribunal do Júri de Goiânia. Na sessão presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, devem depor a vítima, acusado e testemunhas de defesa e acusação.

Às vésperas da sessão, a defesa da vítima afirma que ela e a irmã foram ameaçadas. De acordo com a advogada Darlene Liberato, um desconhecido procurou as duas e chegou a esmurrar o balcão de um comércio ao perceber que a Polícia Militar havia sido acionada.

?Mara estava dormindo dentro de casa e, quando sua irmã chegou, na tarde de ontem [quarta-feira], um homem apareceu perguntando por elas. Assustada, a irmã se fez de desentendida e disse que iria fazer uma ligação para tentar localizá-la. Ela seguiu para uma mercearia de um colega próximo à casa e pediu para que a polícia fosse acionada. Nesse momento, o suspeito a seguiu, entrou no local e deu um murro no balcão, fugindo em seguida?, contou Darlene, em entrevista.

Segundo a advogada, o homem estava em uma motocicleta e a irmã de Mara Rúbia conseguiu anotar a placa. ?Quando a PM chegou, ela passou as informações. Quando eles consultaram, viram que se tratava de uma moto com placas clonadas?, relatou.

Ao ter ciência dos fatos, Darlene informou sobre o ocorrido ao juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que vai presidir a audiência no 1º Tribunal do Júri de Goiânia. ?Tenho certeza de que o ocorrido foi uma tentativa de intimidação para que Mara Rúbia não preste depoimento. Essa será a primeira vez que ela vai falar no processo e, com certeza, o acusado tem intenção de que ela não vá. Não tenho dúvidas de que essa visita estranha foi feita a mando do Bicudo?, afirmou a advogada.

Um dos advogados de defesa de Wilson Bicudo, Antônio Vilmar Fleury Fernandes, disse desconhecer a suposta ameaça. ?Ele está preso e a acusação não tem fundamento. A família dele também é humilde e ninguém quer impedir que ele pague pelo crime que cometeu, apenas garantir que seja aplicado o que determina a lei?, afirmou.

Segundo Fernandes, a defesa não realizou manobras para tentar adiar a audiência. ?Temos ética e jamais vamos impedir o andamento legal do processo. Cabe ressaltar que qualquer pessoa tem direito a defesa e a um julgamento justo. O que a acusação quer é polemizar ainda mais o caso?, disse o advogado.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), após receber a petição sobre o ocorrido, o juiz determinou o envio de uma cópia do documento para a Polícia Civil, para apuração do caso.

Tentativa de homicídio

O agressor foi denunciado pelo Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) por tentativa de homicídio triplamente qualificado. A decisão sobre o crime pelo qual ele iria responder foi definido na última quarta-feira (20) pelo procurador-geral de Justiça de Goiás, Lauro Machado Nogueira, após um impasse jurídico que paralisou o processo.



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