O que se sabe e o que falta esclarecer sobre caso da jovem morta na Rocinha

Família afirma que companheiro de Jenifer Carvalho foi o autor do disparo. Polícia ainda investiga se crime foi um feminicídio

Jovem de 19 anos morta na Rocinha | Reprodução/Rede Social
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A polícia do Rio de Janeiro, segue investigando o caso da jovem Jennifer Carvalho Paes, de 19 anos, morta na última segunda-feira (28). O corpo dela foi descoberto dentro da casa onde morava, na Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, com um tiro no peito depois que uma amiga notou seu desaparecimento, diante da falta de comunicação e informou  aos pais da jovem.

De acordo com a família de Jennifer, o namorado dela é o principal suspeito do crime, uma vez que os dois viviam um relacionamento conturbado. Os parentes afirmam ainda que, duas semanas antes de ser encontrada morta, a jovem teria sido agredida, mas a informação foi negada pelo suspeito durante depoimento. Os familiares afirmaram também que o casal estava residindo na comunidade há pelo menos um mês.

O Globo teve acesso a imagens de um caderno, localizado na casa onde a vítima morava com o então companheiro, nele haviam anotações que indicavam metas, sonhos para vida ao lado do namorado. Em uma das anotações está uma lista de compras que expressa o que era esperado por ela em uma nova fase: “Compras para nossa casinha”, diz o trecho com as iniciais J e G e um coração no meio. 

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Trecho do que era escrito no caderno pela Jovem ( Foto: Reprodução)

Nos registros do caderno feito a mão por ela, apontava também uma previsão do primeiro filho nascer no ano de 2024. 

De acordo com a avó da jovem, Thania Paes, a neta teria feito duas amizades ao se mudar para a Rocinha e que foram elas que suspeitaram do sumiço da e procuraram por ela. 

Essas duas meninas nos contaram que ele tinha muito ciúmes da Jenifer. Ela não podia sair, não podia ter redes sociais ou amigos. Minha neta era uma menina extrovertida, gostava de conversar com as pessoas, gostava de agradar às pessoas. Ele não se sentia bem com isso, não gostava, dizia que as pessoas queriam “pegar” ela. Então, trancava ela — lamentou a avó: — Minha neta era uma menina boa, pacata, estudava, tinha sonhos de trabalhar e conquistar muitas coisas na vida dela. Foi criada com muito amor e carinho, até que apareceu esse monstro para carregá-la e fazer isso com ela. 

O pai de Jennifer relatou algumas agressões à filha praticado pelo namorado, mas acreditava na mudança do rapaz ao longo do tempo: 

'Vou dar mais uma chance para ele, porque gosto muito dele. Ele vai mudar, eu conversei com ele'. Fiquei bem chateado com a escolha dela depois de tudo que aconteceu. Ela chegou a me mandar fotos com a cabeça machucada. Depois disso (há duas semanas), ela não falou mais comigo, disse. 

De acordo com a polícia, a investigação transcorre com a hipótese de feminicídio, porém a família diz ter certeza da resposta. O caso está a cargo da 11ª DP (Rocinha). O namorado de Jennifer foi abordado quando estava em uma van. O suspeito de  envolvimento com o crime diz que a jovem teria se matado.

A polícia segue aguardando novos resultados de exames cadavérico e do local. A arma que teria sido utilizada no crime foi encontrada pela perícia, mas não há mais informações sobre o objeto.



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