OAB vai apurar suposta extorsão a noiva de goleiro Bruno

Segundo ele, esta já é a quarta vez que a comissão faz uma representação contra ela

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A Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG) abriu processo disciplinar contra Robson Pinheiro, ex-advogado do goleiro Bruno Fernandes, por ele supostamente ter tentado extorquir a noiva do jogador, Ingrid Calheiros. Segundo denúncia feita à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e à OAB, Ingrid acusa a juíza Maria José Starling e o advogado Robson Pinheiro de cobrarem R$ 1,5 mi para libertarem o jogador da cadeia.

"A participação da juíza deverá ser investigada pela corregedoria do Tribunal de Justiça (TJ). O advogado pode sofrer até uma suspensão preventiva", disse o presidente da OAB-MG, Luiz Claudio Chaves. O deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de Minas, informou que vai entrar com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na corregedoria do TJ contra a juíza.

Segundo ele, esta já é a quarta vez que a comissão faz uma representação contra ela. "Vamos entrar com o processo simultaneamente no CNJ e no TJ. Os outros processos foram arquivados, não queremos que este também seja", disse. A juíza presidiu uma audiência e ouviu testemunhas do caso no fórum de Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte, em outubro do ano passado.

Na época, ela disse que o goleiro Bruno já poderia estar solto. Para a magistrada, o fato de o corpo de Eliza Samudio não ter sido localizado pela polícia mineira seria um dos motivos para o goleiro estar livre. No depoimento, Ingrid afirmou que os contatos com a juíza e o advogado foram registrados em contrato, em que constariam cláusulas para Pinheiro entrar com pedidos de liberdade no TJ de Minas e, 48 horas após Bruno ser solto, o dinheiro deveria ser depositado.

Ingrid revelou ainda que na semana em que o advogado deveria entrar com o pedido no TJ, teria cobrado o dinheiro adiantado. Robson Pinheiro negou que a juíza tenha participado da negociação com a família de Bruno e disse que ela foi cliente dele há cinco anos e que não tem qualquer ligação com a magistrada. Ele afirmou ainda que sua conduta sempre obedeceu "às normas éticas, legais e contratuais" e que rescindiu o contrato em fevereiro deste ano, quando o pedido de habeas-corpus estava prestes a ser impretado no TJ. Com relação ao valor de R$ 1,5 mi, ele defendeu que a quantia é compatível à complexidade do caso e à condição financeira do cliente.



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