Operação especial tenta desarticular grupo que fraudava seguro o DPVAT

Investigações apontam que, entre 2011 e 2012, o esquema desviou aproximadamente R$ 7,5 milhões

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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) obteve mandados de prisão preventiva para 23 denunciados, entre eles policiais, envolvidos em fraudes em exames de perícia médica para o recebimento do seguro Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).

Segundo o Gaeco, os mandados são cumpridos na manhã desta quinta-feira, durante a Operação Assepsia. O grupo investiga casos de estelionato, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, sonegação e inutilização de documentos. A operação também conta com mandados de busca e apreensão.

Segundo a polícia, os réus dividiam-se em dois núcleos: um policial, que funcionava na 59ª DP e no Posto Regional de Polícia Técnico-Científico (PRPTC), ambos em Duque de Caxias, com extensão à 110ª DP, em Teresópolise um jurídico, no escritório de advocacia Mendonça & Silva Advogados Associados, também em Duque de Caxias.

Policiais da 59ª DP são acusados de preencher guias de encaminhamento falsificadas, levando as vítimas ao posto do Instituto Médico Legal do município. A partir destes documentos, laudos periciais irregulares, indicando lesões e sequelas permanentes, eram forjados e encaminhados para o núcleo jurídico da quadrilha, formado principalmente por advogados, que recolhia 30% do valor da indenização.

Entre os anos de 2011 e 2012, cerca de 800 laudos foram apreendidos, resultando num montante desviado de aproximadamente R$ 7,5 milhões. ?Tenha-se em mente ainda a questão do impacto social da fraude no recebimento do seguro DPVAT. O ralo pelo qual escoam milhões e milhões de reais todo ano tem o condão de gerar o acréscimo artificial no preço do seguro, gerando prejuízos incalculáveis para todos os proprietários de veículos automotores no país com efeitos danosos à economia nacional?, detalha a denúncia assinada por promotores do Gaeco.

Por volta das 8h40 não havia informações sobre o número de detidos ou de material apreendido.



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