Operação Tiradentes da PF apura desvios no Conselho de Odontologia

São investigados os crimes de peculato e estelionato qualificado

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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira a “Operação Tiradentes” com o objetivo de apurar fraudes no Conselho Federal de Odontologia (CFO), entidade autárquica federal, que podem ultrapassar os R$ 35 milhões. A PF encontrou fortes indícios de que conselheiros e funcionários desviavam recursos públicos da entidade, cerca de R$ 5 milhões, além de pedir resssarcimento de despesas inexistentes, como pagamento indevido de diárias e contratação irregular de serviços. As investigações estimam que essas irregularidade causaram prejuízo de mais de R$ 30 milhões.

Na ação, feita em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU), participam 60 policiais federais e são cumpridos 5 mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio, Niterói (RJ) e São Gonçalo (RJ); Manaus; Campo Grande (MS), Araguaína (TO), São Paulo e em Brasília. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, o CFO gastou R$ 800 mil para reformar uma sala de 93 metros quadrados no Rio. Os dirigentes da entidade recebiam diárias em dias incomuns, como 24 e 31 de dezembro, e de 50% a 70% dos sábados.

Os gastos somente com diárias de quatro conselheiros, incluindo o presidente, Ailton Diogo Morilhas Rodrigues, somaram R$ 1 milhão em um ano. Estas são algumas das denúncias, definidas como um "ataque aos cofres do Conselho", apresentadas por três ex-conselheiros, hoje na oposição, que ensejaram a "Operação Tirandentes".

Um dos responsáveis pela denúncia, o dentista cearense Benício Paiva Mesquita, disse que sofreu perseguições e ameaças depois de levar o assunto às autoridades. - O presidente do CFO disse que os três responsáveis responderiam eticamente. É deprimente saber que os dirigentes da nossa categoria estão presos. Mas isso está acontecendo em todo lugar.



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