Paciente de médico suspeito de estupro diz estar aliviada

Outra vítima falou sobre a dificuldade em desmascarar o médico

Vítima de medico se diz aliviada | Globo.com
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Suspeito de abusar sexualmente e estuprar pacientes, o médico Roger Abdelmassih passou a noite desta segunda-feira (17) no 40º DP, em São Paulo, onde ficará preso à disposição da Justiça. Na manhã desta terça-feira (18), um motorista particular levou roupas limpas para o médico. Uma das mulheres que dizem ser vítimas disse estar aliviada.

?Foi difícil fazer a denúncia, foi difícil criar coragem, mas a sensação de que vale a pena é enorme. É enorme. Vale muito a pena você de fato fazer Justiça frente a uma situação tão absurda?, afirmou a paciente.

Outra vítima falou sobre a dificuldade em desmascarar o médico, tido como um dos especialistas em reprodução assistida no Brasil. ?Ele tem carta branca, está na clínica dele, tem toda segurança para fazer o que quiser, sem ninguém ver nada?.

As pacientes relatam ataques no consultório. ?Ele começou a me beijar e eu comecei a virar o rosto. Quando ele tava naquela ?beijação? nojenta, bateram na porta?, contou uma mulher, que disse ser ex-paciente de Abdelmassih.

Para muitas vítimas, é muito difícil também contar ao marido sobre os supostos abusos. ?Eu contei para ele mais ou menos um mês depois do ocorrido, porque eu não sabia nem o que fazer. Eu tinha medo de que o meu marido fosse lá e matasse o médico?, disse uma mulher.

?Você deve imaginar o que significa para um marido imaginar sua mulher anestesiada, saindo da anestesia e esse médico abusando sexualmente dessa mulher. Essa é uma coisa indescritível... a gente perdeu o chão?, relatou o homem.

A denúncia do Ministério Público contra Roger Abdelmassih já foi feita com base na nova lei de crimes sexuais aprovada no último dia 07 de agosto. A nova lei caracteriza como estupro qualquer ato libidinoso cometido sob coação ou violência, como agarrar, beijar a força, abusar. Por isso, hoje o médico é réu por 56 estupros.

A defesa do médico tenta conseguir um habeas corpus para que o cliente, que se diz inocente, possa responder ao processo em liberdade. Abdelmassih terá que se defender também junto ao Conselho Regional de Medicina, que abriu contra ele 51 processo éticos.

O Ministério Público de São Paulo está investigando outros possíveis crimes cometidos pelo médico. Seriam: práticas irregulares, como a manipulação e troca de material genético, e de sonegação fiscal.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES