Padre baleado diz que ainda não perdoou criminosos

Baleado no bra?o e de rasp?o no peito ao voltar de uma missa no sub?rbio do Rio no dia 2 de dezembro, o padre Frank Luiz Franciscatto retoma, aos poucos e lentamente, sua rotina. Em entrevista ao G1, o sacerdote conta que ? "uma miss?o lenta e dif?cil perdoar " os criminosos que o feriram e acabaram matando sua amiga Vit?ria L?cia Marques Kurrik. O perd?o, por?m, n?o ? imposs?vel.

?Perdoar ? uma miss?o nossa. N?o ? f?cil, mas Jesus manda perdoar. Ele morreu na cruz perdoando. ? preciso rezar por eles (os criminosos). ? uma caminhada. ? um dever como crist?o e como sacerdote. N?o vou dizer que j? perdoei, mas estou caminhando para isso?, diz, lembrando que desde a inf?ncia sabia que seguiria a carreira religiosa.

Apesar da viol?ncia, padre Frank n?o pensa em deixar o Rio. ?Escolhi viver no Rio porque j? conhecia a cidade. Estive aqui de 1995 a 1997 e sempre vim passar f?rias. Tenho uma liga??o muito forte com essa igreja e nunca perdi.?

A volta ao trabalho foi recebida com alegria pelos fi?is que freq?entam a Par?quia Santa Teresinha do Menino Jesus, em Botagogo, na Zona Sul. Padre Frank p?de celebrar no dia 2 de janeiro a missa de 30? dia de falecimento de Vit?ria, uma ?amiga especial, muito querida, mais do que amiga, uma irm?, como gosta de dizer.

"Senti muita alegria por estar podendo retomar e celebrar essa missa. A m?e de Vit?ria, seus sobrinhos e outros familiares estavam presentes. Recebi com felicidade o carinho da comunidade. Como o pessoal fez homenagem para ela, me senti mais uma pessoa fazendo parte dessa fam?lia. Recebi muita for?a e me senti muito bem com a possibilidade de ir retomando as atividades?, lembra.