Pai de Eloá Pimentel é julgado e pega 33 anos de prisão

Santos foi condenado pelo envolvimento no assassinato do delegado Ricardo Lessa e do motorista dele

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Pai de Eloá é condenado | Divulgação
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O ex-cabo da Polícia Militar Everaldo Pereira dos Santos foi julgado neste sábado (07), durante um mutirão do Tribunal de Justiça de Alagoas, e condenado a 33 anos, três meses e 23 dias de prisão em regime fechado. Apesar de foragido, Santos foi condenado pelo envolvimento no assassinato do delegado Ricardo Lessa e do motorista dele, Antenor Carlota da Silva. O ex-cabo é pai da adolescente Eloá Pimentel, morta pelo namorado ano passado.

O ex-militar está foragido desde o enterro da filha, em Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo, em outubro do ano passado. O crime ocorreu na noite de 9 de outubro de 1991. O delegado e seu motorista foram metralhados dentro do carro. Outro acusado no caso, Cícero Felizardo dos Santos,conhecido como Cição, pegou 33 anos e seis meses de reclusão, que serão cumpridos também no presídio Cyridião Durval, em Maceió.

Pelo duplo crime, os dois foram condenados ainda a pagar multas indenizatórias às famílias das vítimas: R$ 653 mil à de Ricardo Lessa e R$ 146 aos parentes de Carlota.

O julgamento foi presidido pelo juiz Geraldo Amorim. Na defesa, atuou o advogado Gilvan de Lisboa e, representando o Ministério Público, o promotor José Antonio Malta Marque

A defesa alegou durante o julgamento que o laudo apresentado pela perícia paulista não definia de maneira precisa elementos que pudessem incriminar seus clientes, mas o argumento não obteve êxito.

"O delegado Ricardo Lessa foi morto porque teve a coragem de investigar as atrocidades da maior organização criminosa do nosso Estado, denominada de gangue fardada, composta de maus policiais militares. Além do crime, contra o diretor gera da Polícia Civil daquela ocasião, o que foi uma desmoralização para a segurança pública, eles demonstraram que a violência era generalizada", concluiu o juiz Geraldo Amorim.

Na época, Ricardo Lessa investigava um assassinato, ocorrido dentro da Unidade de Emergência - o principal Pronto-Socorro de Maceió, atribuído ao grupo liderado pelo ex-tenente coronel Manoel Cavalcante, para quem Everaldo trabalhava.



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