PanAmericano: PF investiga outras empresas de Silvio Santos

PF constatou que pelo menos três executivos do PanAmericano tinham patrimônios incompatíveis com o salário de R$ 50 mil, sem bônus.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Auditores e delegados da Polícia Federal (PF) investigam outras empresas do Grupo Silvio Santos para tentar encontrar a origem do rombo de R$ 2,5 bilhões no banco PanAmericano. Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo nesta quinta-feira, o grupo responsável por apurar o caso não detectou até agora as fraudes dentro da instituição financeira. A hípotese considerada é de que ex-diretores do banco desviaram dinheiro de empresas não-financeiras da holding, já que elas não tinham supervisão do Banco Central.

De acordo com a publicação, a PF constatou que pelo menos três executivos do PanAmericano tinham patrimônios incompatíveis com o salário de R$ 50 mil, sem bônus. O dinheiro das outras empresas seria retirado por meio de simulação de prestação de serviços pelos diretores do banco. A Polícia estaria concentrando investigações na Baú Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, a Silvio Santos Factoring e o Consórcio PanAmericano.

Entenda

O Banco PanAmericano anunciou em novembro que o Grupo Silvio Santos, seu controlador, iria aportar R$ 2,5 bilhões na instituição para restabelecer o equilíbrio patrimonial e a liquidez, após "inconsistências contábeis" apontadas pelo BC. Um processo administrativo de investigação apura a origem e os responsáveis pelo problema de falta de fundos.

A injeção de recursos no banco foi feita por meio do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que é uma entidade sem fins lucrativos que protege os correntistas, poupadores e investidores. São as instituições financeiras que contribuem com uma porcentagem dos depósitos para a manutenção do FGC - sem recursos públicos.

A holding do Grupo Silvio Santos colocou à disposição empresas como o SBT e a rede de lojas do Baú da Felicidade, entre outras, como garantia pelo empréstimo, que tem prazo de dez anos. Especializado em leasing e financiamento de carros, o PanAmericano teve 49% do capital votante vendido para a Caixa Econômica Federal em dezembro de 2009, por R$ 739,2 milhões. Com autorização do BC, as atividades das lojas e o atendimento ao público continuam sem problemas, segundo a instituição.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES