Para advogada da família Pesseghini, falhas sustentam reabertura do caso

Segundo Roselle, Marcelo apresentava lesões de defesa na mão que não foram analisada

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Quase um ano depois do assassinato da família Pesseghini, na Brasilândia, zona norte de São Paulo, a advogada Roselle Soglio pediu, na última segunda-feira (14), a reabertura das investigações baseada em falhas no inquérito que concluiu que o autor das mortes foi o garoto Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, filho do casal de PMs mortos e que teria se suicidado após os crimes.

Segundo Roselle, Marcelo apresentava lesões de defesa na mão que não foram analisadas, assim como uma secreção encontrada na vagina da mãe, Andréia Regina Bovo Pesseghini, 36 anos, que ?provalmente é de um esperma e não foi sequer encaminhada para análise?.

A advogada diz que há indícios de que o corpo do garoto foi mexido logo depois da morte e também de que a principal testemunha, que encontrou os corpos, ?mentiu em relação a um churrasco realizado pela família, sendo que, naquele horário, eles estavam dentro de um shopping, no cinema?.

Além disso, Roselle diz ter elaborado uma série de quesitos a serem checados pelo IC (Instituto de Criminalística), mas o delegado responsável pelo caso, Itagiba Franco, do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) não os encaminhou ao instituto.

? Existem muitas contradições dentro desse inquérito que não foram respondidas. Eu precisava dessas respostas a fim de que demonstrassem, no mínimo, a dúvida com relação à autoria do crime.

O caso, até então investigado pelo DHPP, foi transferido na sexta-feira (11) para a Vara da Infância e da Juventude do Ministério Público. Segundo a advogada, a família, que não se convenceu de que Marcelo tivesse matado os pais, a avó e a tia-avó, recebeu a notícia da transferência com bons olhos, ?confiante de que o Ministério Público pode reverter o caso e trazer novas evidências para mostrar que o garoto não é o culpado?.

Roselle questiona o fato de a polícia ter colhido depoimentos de pessoas que ?não só não tinham contato com a família, como também não conheciam a rotina dos Pesseghini?.

? Pessoas da família que deveriam ser ouvidas não foram ouvidas, como é o caso dos avós paternos do Marcelo.

O pedido de reabertura das investigações também foi protocolado com base em uma página do Facebook, em homenagem ao pai de Marcelo, Luís Marcelo Pesseghini, criada antes mesmo de os corpos serem descobertos. O autor da página se identifica como um rapaz de 15 anos, que diz ter criado a publicação depois de a polícia ter divulgado o caso.

Questionado ontem sobre a investigação da página, o DHPP informou que não mais se manifestaria sobre o caso, uma vez que ele fora transferido para a Justiça.



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