Pedreiro é acusado de abusar sua enteada

Ela já tinha sido foi condenado sob a acusação de ter molestado um sobrinho de 5 anos

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A fala mansa e o jeito tranqüilo do pedreiro T.O.S., de 27 anos, escondeu por algum tempo seu suposto perfil criminoso. Após uma denúncia anônima, T. foi preso por policiais da 35ª (Campo Grande), na tarde de terça-feira, em sua casa, na Estrada do Monteiro, acusado de abusar sexualmente da enteada de 8 anos.

Segundo o delegado Gilson Perdigão, responsável pelas investigações, foi a segunda vez que Tarciso é acusado de abusar sexualmente de crianças. Há cerca de três anos, o pedreiro foi condenado sob a acusação de ter molestado um sobrinho, de 5 anos. Na ocasião, ele recorreu da decisão judicial e cumpriu a pena em liberdade.

"Tudo indica que T. vinha praticando esse tipo de crime há muito tempo. Recebemos uma denúncia anônima sobre o suposto abuso contra a enteada e iniciamos a investigação. Descobrimos que ele é reincidente e, imediatamente, pedimos a sua prisão", disse Perdigão.

A menina L. relatou à polícia que, algumas vezes, era levada para um matagal, ao lado da casa, e obrigada pelo padrasto a retirar parte de suas roupas, antes de ser abusada. A garota contou ainda que o pedreiro fazia ameaças, caso ela contasse a alguém. Há menos de um mês, no entanto, a menina foi morar na casa de uma tia, após apresentar problemas psicológicos.

"Ela ficou por muito tempo sob a ameaça do padrasto e, supostamente, não contou com a ajuda de familiares. A mãe, possivelmente, não acreditava nos relatos da filha e ignorava os abusos sexuais praticados pelo companheiro", explicou o delegado Gilson Perdigão.

Em depoimento, a mãe do acusado, que teve o nome mantido em sigilo, contou que temia que o pedreiro abusasse da própria irmã, na época com 15 anos. A menina L. foi encaminhada ao Conselho Tutelar e será acompanhada por psicólogos do Serviço de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual (Secabex).

A prisão temporária de T. foi expedida pelo plantão judiciário do Fórum da Capital. O pedreiro foi indiciado por estupro de vulnerável e, se condenado, pode pegar uma pena de 8 a 15 de prisão.



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