PF abre inquérito para investigar mulher de Cachoeira

Andressa terá três dias para pagar uma fiança de R$ 100 mil para evitar que seja presa preventivamente.

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A Polícia Federal vai instaurar um inquérito policial para investigar Andressa Mendonça, noiva de Carlinhos Cachoeira, por corrupção ativa. Nesta manhã, Andressa foi levada à Polícia Federal para prestar depoimento sobre a tentativa de chantagem relatada pelo juiz Alderico Rocha Santos, responsável pela ação penal contra o grupo de Cachoeira na 11ª Vara da Justiça Federal em Goiânia.

Andressa terá três dias para pagar uma fiança de R$ 100 mil para evitar que seja presa preventivamente. Uma decisão judicial emitida ontem também proíbe Andressa de se comunicar com os réus denunciados na operação Monte Carlo. A ordem foi emitida pelo juiz federal Mark Yshida Brandão, da 13ª Vara, que estava de plantão no fim de semana. A decisão veio em resposta às informações de que ela tentou chantagear o juiz Alderico Santos.

Nesta segunda-feira, às 7h, a Polícia Federal fez uma busca e apreensão na casa de Andressa, no condomínio de luxo Alphaville, em Goiânia. Policiais apreenderam dois computadores e dois i-Pads, além de documentos que serão periciados. Em seguida, às 9h, Andressa foi "conduzida coercitivamente" à Polícia Federal para prestar depoimento.

Na quinta-feira, o juiz Alderico Rocha Santos comunicou ao Ministério Público Federal (MPF) que Andressa o procurou em sua sala para pedir que revogasse a prisão de Cachoeira e o absolvesse.

Segundo o juiz, nesse encontro Andressa teria noticiado a existência de um dossiê com informações contra ele, que seria publicado pela revista "Veja". Andressa teria dito que poderia evitar a publicação do dossiê caso o juiz absolvesse Cachoeira e permitisse sua liberdade.

O juiz encaminhou ao MPF vídeos com imagens da entrada e saída de Andressa do prédio da Justiça Federal em Goiânia, além de um bilhete manuscrito com anotações dela, contendo nomes de pessoas que estariam supostamente vinculadas ao juiz.

Depois, o MPF fez uma representação à Justiça pedindo a prisão preventiva de Andressa e uma busca e apreensão em sua casa. O juiz Mark Brandão considerou que há "indícios de cometimento de corrupção ativa", pois Andressa "procurou diretamente o magistrado para lhe oferecer vantagem indevida".

"A gravidade dos fatos noticiados, decorrente da ousadia e destemor demonstrados pela requerida ao tentar intimidar e chantagear o juiz federal encarregado da condução do processo pertinente à operação Monte Carlo, por si só, exige a imediata aplicação de medida capaz de obstar novas incursões da requerida e proteger o juiz federal Anderico Rocha Santos de qualquer tentativa de intimidação", diz a decisão.

Santos assumiu o processo da Monte Carlo depois que o juiz Paulo Moreira Lima foi ameaçado e pediu para deixar o caso.



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