PF apura se policiais presos por tráfico também venderam 29 fuzis a outra quadrilha

Apreensão e venda teria sido represália à quadrilha rival à que comprou as armas que não pagou resgate por preso, como queriam os policiais

PF apura se policiais presos por tráfico também venderam 29 fuzis | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Policiais civis presos nesta quinta-feira na Operação Drake, da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio (MPRJ), teriam vendido fuzis apreendidos para uma facção, como represália a uma quadrilha que não tinha pago um resgate para a liberação de um preso. A informação consta na denúncia do MPRJ e em relatório da PF.

De acordo com o relatório de inteligência, a equipe da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) exigiu R$ 500 mil para liberar um homem que teria sido preso e conduzido à Cidade da Polícia.

O homem em questão é irmão do traficante Rodrigo da Silva Caetano, conhecido como Motoboy, um dos chefes do tráfico nas comunidades Nova Holanda e Parque União, no interior do Complexo da Maré, na Zona Norte da cidade.

O pagamento foi pedido pelos policiais civis após eles terem liberado um cabo da policial militar do Batalhão da Maré e um segundo homem que eram mantidos "reféns" pelo grupo. Como o traficante estava "suspenso da boca" não teria como honrar com o pagamento de R$ 500 mil para liberar o irmão.

Um emissário levou R$ 100 mil aos policiais com a promessa de pagar os outros R$ 400 mil num outro momento.

No entanto, em razão de não ter recebido o valor integral, como forma de vingança, em momento posterior, a equipe da DRFC teria apreendido 31 fuzis da facção e vendido 29 para a facção rival, o Terceiro Comando Puro (TCP), nas comunidads da Maré e Acari. Pistolas e cocaína também foram comercializadas. Depois, teriam formalizado a apreensão de apenas 2 fuzis e drogas. De acordo com as investigações, os policiais ainda ficaram com cerca de R$ 1,4 milhão dos traficantes.

A apreensão foi apresentada dia 17 de julho, como tendo sido realizada no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. Os agentes também apresentaram 200 kg de maconha e 20 kg de pasta base de cocaína.

Um policial procurou a PF e denunciou o esquema. Um relatório da civil foi enviado para a PF afirmando que houve uma apreensão de fuzis, mas apenas 2 foram apresentados.

Segundo a denúncia, os policiais teriam usado a inteligência da civil para apreender armas e extorquir dinheiro de traficantes. Os policiais civis teriam montado uma operação e foram para a Vila Cruzeiro porque descobriram pela inteligência que as armas estavam sendo mantidas na comunidade.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES