PM suspeito de matar policial que investigava milícia recebia R$ 20 mil de Zinho

De acordo com a denúncia, além de Leonardo, receber a suposta propina, operava um drone para a milícia e participava de reuniões do grupo.

PM suspeito de matar policial que investigava milícia recebia R$ 20 mil de Zinho | Divulgação
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O subtenente da PM Leonardo Vinício Affonso, preso nesta quarta-feira (7) suspeito de matar a policial Vaneza Lobão, de 31 anos, receberia R$ 5.000 por semana (R$ 20 mil por mês) de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, apontado como líder da maior milícia do Rio de Janeiro. A vítima investigava atuação das organizações criminosas.

A denúncia foi recebida em 2023 e causou a saída forçada de Leonardo da corregedoria da corporação. A transferência para outro batalhão fez o PM perder a gratificação que recebia e a suposta propina. Ao ser preso, ele negou envolvimento na morte da policial.

A determinação foi realizada pelo coronel Elton Marques, que na época comandava a 8º DPJM (Delegacia de Polícia Judiciária Militar), unidade da corregedoria voltada para descobrir possíveis policiais envolvidos com milicianos. Leonardo era lotado nesta unidade, com Vaneza.

Miliciano Zinho | FOTO: Reprodução

DENÚNCIA

De acordo com a denúncia, além de Leonardo, receber a suposta propina, operava um drone para a milícia e participava de reuniões do grupo. Como ele trabalhava na corregedoria, a PM disse que ele poderia escolher a unidade para onde seria transferido enquanto a investigação fosse realizada, optando, coincidentemente, pela área que é o berço da milícia de Zinho.

Segundo a Polícia Civil do Rio, Affonso fez 35 consultas no sistema interno da polícia sobre a placa do veículo de Vaneza, no período de 11 de abril a 29 de novembro de 2022. O objetivo seria tentar descobrir o endereço da vítima, morta um ano depois.

PERSEGUIÇÃO À VANEZA

Duas semanas antes do seu assassinato, Vaneza comprou um novo carro e, nessa ocasião, colocou seu endereço verdadeiro na ficha de cadastro do veículo. A polícia acredita que foi por intermédio dessa informação que a policial foi localizada e morta. Outra prova utilizada pela polícia é a munição do crime. 

A análise do vídeo mostra que o atirador utilizava um fuzil, mas a arma falha. Nesse momento, ele continua o ataque com a pistola que estava na cintura. A munição da pistola pertencia ao 31º BPM, unidade em que Lima, um dos polícias presos, trabalhava.



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