PM vai usar “Tropa do Braço” em protesto contra Copa em SP

Além de policiais treinados em artes marciais, Polícia Civil intimou supostos black blocs

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No início da manifestação, de acordo com a polícia, havia cerca de 20 manifestantes | Futura Press
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A Polícia Militar de São Paulo anunciou o reforço de um grupo de 80 a 100 homens treinados em artes marciais, apelidado de Tropa do Braço, para acompanhar o protesto deste sábado na praça da República, região central da capital paulista. O evento, batizado de Não Vai Ter Copa e organizado via Facebook, está agendado para as 17h e, até esta sexta, tinha mais de 13,3 mil confirmados.

Pela Polícia Civil, a estratégia adotada para evitar a ação de black blocs durante o protesto foi a intimação de "vários" dos 300 suspeitos investigados pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para depor próximo ao horário do protesto. O órgão fica na zona norte da cidade e investiga o grupo desde o final do ano passado por conta de atos de vandalismo nos protestos.

Segundo o porta-voz da PM, capitão Emerson Massera, há semanas que os suspeitos de adotar a tática black bloc vêm sendo monitorados via redes sociais. De acordo com ele, o esquema de policiamento reforçado, pelo qual até PMs foram convocados de suas folgas, valerá "para que as pessoas tenham a liberdade de se manifestar" e, no caso dos PMs treinados em artes marciais, "para que só se aja de maneira mais agressiva conforme aumente a necessidade".

Por "maneira mais agressiva" o porta-voz se referiu a bombas de gás lacrimogêneo e armas de balas de borracha, já empregadas pela PM em outros protestos. "Elas estarão disponíveis", admitiu.

A PM não forneceu detalhes sobre o treinamento da Tropa do Braço - nem que arte marcial será empregada ou o tempo de treinamento. Conforme o porta-voz, porém, parte do efetivo estará infiltrada na manifestação, em trajes civis, para tentar identificar tentativas de depredações.

PMs terão que usar identificação

Massera falou com a imprensa nesta sexta durante apresentação de artefatos explosivos que teriam sido apreendidos com black blocs. Indagado sobre a identificação de policiais durante o protesto - em atos anteriores, houve PMs que esconderam seus nomes na farda -, o capitão afirmou que ela é obrigatória e que o não uso "é infração sujeita a sanção disciplinar".

Jornalistas receberão coletes de identificação

Outra estratégia adotada pela PM para o protesto de amanhã é a distribuição de coletes de identificação, azuis e com faixas refletivas, para jornalistas. Na semana passada, o comandante da PM, coronel Benedito Meira, havia adiantado ao Terra a adoção da medida.

Na ocasião, indagado se o colete era uma forma de evitar que policiais atirassem ou agredissem jornalistas - como ocorrido, em diversas oportunidades, nas manifestações de 2013 -, o comandante admitiu que sim. Mas ressalvou: "O principal objetivo da medida é que muitas pessoas se intitulam jornalistas ou repórteres nessas manifestações e não são: são, na verdade, adeptos de grupos violentos e que dão informações a seus integrantes e até fornecem equipamentos a eles", disse o coronel.



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