Polícia: ex-marido se mutilou 28 vezes após matar procuradora

O delegado Edson Moreira (esq.) disse que o empresário cometeu suicídio

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A perícia da Polícia Civil de Minas Gerais apontou indícios de que o empresário Djalma Veloso, 49 anos, suspeito de matar a ex-mulher a facadas, se automutilou no motel onde foi encontrado morto na noite de quinta-feira. O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que a probabilidade é de 99,9% de que Veloso tenha cometido suicídio.

"Ele utilizou uma faca de cozinha para se cortar. Tudo leva a crer que era a mesma faca usada para matar a ex-mulher. Ainda faremos o exame de DNA", disse. De acordo com as investigações, o empresário se cortou 28 vezes, sendo que 22 lesões são superficiais e seis, perfurações profundas. Contudo, o golpe que culminou na morte de suspeito foi no coração.

"Ele procurou a aorta, a carótida, pulsos, as pernas procurando a artéria femoral e por fim o coração. São veias de grosso calibre", disse Moreira. Um dos fatores que reforçam a hipótese de suicídio é o fato de Veloso ser destro, segundo a polícia. "Por ser destro, ele aplicou os golpes da esquerda para a direita, o que pode ser constatado no exame", afirmou.

Segundo o delegado, todos os elementos convergem para homicídio seguido de suicídio. Contudo, o inquérito do DHPP deverá ser concluído em 30 dias. Em seguida o processo será anexado à investigação da Polícia Civil de Nova Lima, onde está sendo investigado o homicídio da ex-mulher do empresário, a procuradora federal Ana Alice Melo, 35 anos. Testemunhas ainda serão ouvidas pela delegada Renata Fagundes, que conduz o caso.

Ana Alice foi assassinada a facadas na madrugada de quinta-feira, em sua casa em um condomínio de luxo na cidade de Nova Lima, região metropolitana da capital mineira. Segundo a Polícia Militar, o empresário chegou à casa da ex-mulher por volta de 4h30 e teria iniciado uma discussão por causa do fim do relacionamento.

Durante a briga, a babá dos filhos do casal se trancou com as crianças, de 3 e 6 anos, dentro de um dos cômodos da casa. Ela disse à polícia que saiu depois que os gritos pararam e encontrou a procuradora ferida no chão. A funcionária acionou a polícia, mas quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou, Ana Alice já estava morta.

Coroas de flores

O velório do empresário aconteceu na tarde desta sexta-feira no cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte. Muita abalada, a família não quis se pronunciar e chegou até a exigir a saída de profissionais da imprensa.

O advogado da família, Guilherme Collen, informou que as famílias da procuradora e do empresário trocaram coroas de flores entre si. Segundo ele, os parentes lutaram para que Djalma fosse encontrado. "É um momento de luto e eles se resguardaram reciprocamente", disse.



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