Polícia faz operações em seis favelas do Rio

A Avenida Leopoldo Bulhões também foi fechada pela PM no acesso à favela de Manguinhos

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A Polícia Militar montou na manhã desta segunda-feira (19) pelo menos seis operações para encontrar os responsáveis pelo ataque ao helicóptero da corporação, que matou três policiais no fim da semana.

Segundo o major Oderley Santos, Relações Públicas da PM, além do Morro dos Macacos, o Morro dos Prazeres e as favelas do Jacarezinho, Manguinhos, Nova Holanda e Parque União estão ocupadas.

A Avenida Leopoldo Bulhões também foi fechada pela PM no acesso à favela de Manguinhos. Mais cedo, policiais apreenderam drogas e armas, entre elas uma metralhadora .30, mesmo tipo que teria sido usado para atingir o helicóptero, na favela da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Lá, foram encontradas ainda sete fardas que imitam o uniforme utilizado pelos policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

?O objetivo dessas operações é buscar criminosos que estejam envolvidos direta ou indiretamente no ataque. Vamos buscá-los onde quer que estejam, custe o que custar?, disse o major em entrevista à Rádio CBN nesta segunda-feira.

De acordo com ele, há na capital cerca de 2 mil homens em ações da PM e mais 2 mil espalhados na Baixada Fluminense, Zona Oeste do Rio e na região de Niterói. ?Estamos checando todas as informações de inteligência?, completou Oderley.

Burocracia

O chefe de Polícia Civil, Alan Turnowski, criticou a flexibilização das leis na redução das penas de traficantes perigosos, e a burocracia para a liberação de recursos para equipar melhor as polícias do Rio. ?Temos que flexibilizar a burocracia para diminuir os confrontos e não deixar sair bandidos perigosos para não termos que recapturá-los depois. Isso é um consenso?, afirmou ele, também em entrevista à CBN.

Segundo Turnowski, a polícia já fez estudos de carros blindados russos e israelenses, mas que não puderam ser adquiridos pela burocracia. ?A gente tem que poder pegar esses R$ 100 milhões e aplicar da maneira certa, sem que a burocracia impeça isso?, disse ele.

Resumo

Os confrontos começaram na madrugada de sexta (16) para sábado (17), quando traficantes do Morro São João invadiram o Morro dos Macacos, na Zona Norte do Rio. Ainda na madrugada, a polícia foi chamada ao local, onde chegou de carro blindado. Na ação, um carro da polícia chegou a ser apedrejado. Mais tarde, um helicóptero da PM foi atingido e, pegando fogo, fez um pouso forçado num campo de futebol. Dois policiais morreram na hora, um terceiro morreu na manhã desta segunda-feira (19), com 96% do corpo queimado, e um continua internado em estado grave.

Também no sábado, pelo menos oito ônibus foram incendiados e ruas foram bloqueadas nos bairros do Jacaré, Mangueira e Riachuelo, na Zona Norte. No domingo (18), quatro pessoas foram presas próximo ao Morro São João e armas e drogas foram apreendidas numa operação no Jacarezinho. Desde o início dos conflitos, foram divulgadas 20 mortes na região, contando os três PMs.

Nesta segunda-feira (19), a Secretaria de Segurança Pública afirmou que a que a ordem para a invasão do Morro dos Macacos teria partido do presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná. O governador Sérgio Cabral anunciou a liberação de recursos para a compra de mais um helicóptero blindado para a PM e R$ 100 milhões da Secretaria Nacional de Segurança Pública para o estado do Rio.



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