Polícia fecha clínica de reabilitação após denuncia de maus tratos

Durante a abordagem da polícia não foi apresentada a documentação da clínica nem receitas atualizadas para qualquer medicamento

Clínica fechada por maus tratos | Polícia Civil/Divulgação
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Na última quinta-feira (31), uma clínica de reabilitação, em Viamão, no Rio Grande do Sul, foi fechada pela polícia após denúncia de maus tratos de pacientes, por meio de um bilhete enrolado em uma pedra que foi arremessada por uma janela. 

"Socorro, chama a Polícia, a Vigilância Sanitária, por favor. Estamos presos, com fome, maltratados. Tem gente velha cadeirante. Sem ligação pra família. Sem remédio. Dopando todos", diz o bilhete. 

Interno pediu socorro em bilhete jogado pela janela (Foto: Polícia Civil/Divulgação)De acordo com a polícia, três pessoas, indicadas como proprietárias da clínica com idades entre 29 e 38 anos, foram presas em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e cárcere privado. Após a homologação do flagrante, os três foram liberados e responderão em liberdade. 

Os 19 indivíduos que estavam na clínica foram encaminhados pela Assistência Social para a rede de acolhimento do município da Região Metropolitana de Porto Alegre.

De acordo com as autoridades policiais, as pessoas que estavam sob cuidados no local foram entrevistadas, e algumas alegaram que estavam na clínica involuntariamente, afirmando terem sido levadas ao local contra sua vontade, inclusive amarradas. Outros relataram que chegaram à clínica por vontade própria, mas alegaram que eram impedidos de sair pelos proprietários e monitores.

"Já é a quarta clínica que a gente fecha em Viamão em menos de seis meses. São locais que causam prejuízos financeiros, psicológicos e de saúde a essas pessoas que buscam atendimento nesses locais, que não são adequados. Chama atenção que essas pessoas são proprietárias de outra clínica, em Gravataí, que tinha sido fechada pela vigilância sanitária", afirma a delegada Jeiselaure de Souza.

A polícia declara que, durante a investigação no estabelecimento, foram descobertos medicamentos sem prescrição médica ou origem comprovada, uma conduta equiparada ao tráfico de substâncias entorpecentes. Além disso, de acordo com a delegada, surgiram relatos de maus-tratos, agressões e alegações de que a medicação era utilizada para sedar os pacientes. E, não foi apresentada documentação da clínica nem receitas atualizadas para qualquer medicamento, incluindo aqueles controlados.



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