Polícia fecha site que vendia informações sigilosas de pessoas e empresas do país

Para listas com telefones, endereço e possíveis familiares, a empresa cobrava só R$ 0,08 além da assinatura

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Por R$ 25 mensais, mais um valor variável por consulta, uma empresa da zona sul de São Paulo oferecia pela internet dados sigilosos de pessoas e empresas de todo o país, inclusive de autoridades, artistas e jogadores de futebol. Os dados eram vendidos sem restrição.

A AP Informação foi fechada ontem numa operação conjunta de promotores e policiais civis. Até este sábado, ainda era possível consultar, no site, os preços cobrados pela empresa. Para listas com telefones, endereço e possíveis familiares, a empresa cobrava só R$ 0,08 além da assinatura. A completa (que contava ainda com renda, cheques sem fundos, pendências financeiras e protestos) poderia chegar a R$ 12.

Foram apreendidos material de informática na empresa e a lista dos clientes, e foi retirado do ar o conteúdo do site (www.apinformacao.com.br). O acesso aos pedidos de novas assinaturas estava bloqueado.

Com um clique era possível descobrir, por exemplo, o endereço, o telefone fixo e celular, a renda presumida e todos os veículos já registrados no nome do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e do prefeito Gilberto Kassab (DEM) --além da listagem de seus parentes. Ainda constavam na lista celebridades, esportistas e outras autoridades públicas.

Para ter certeza de que as informações eram verídicas, os promotores pesquisaram seus próprios nomes, e todos os dados bateram. Suas próprias fichas foram impressas e usadas no pedido de busca e apreensão à Justiça. A suspeita é que essa venda de informações tenha auxiliado até mesmo sequestradores a praticarem seus crimes.

O dono da empresa afirmou não ver irregularidade no seu tipo de negócio. No site, a AP Informação se descrevia como referência "no fornecimento de informações cadastrais para fins de localização de pessoas, para recuperação de crédito e cobrança".

Segundo eles, a carteira de clientes era formada por "empresas de recuperação de crédito, agentes financeiros (bancos, financeiras, administradoras de cartão de crédito, etc), advocacias e comercio varejista em geral", que realizavam mais de 2 milhões de consultas por mês, em média.



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