Empresário é preso acusado de fraudes em licitações

Conforme as autoridades envolvidas nas investigações, a quadrilha pode ter lesado os cofres públicos em uma quantia superior a R$ 30 milhões.

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Empresário Raimundo Morais Filho constituiu empresas de ´fachada´ para as ilicitudes, segundo as autoridades

A Superintendência da Polícia Federal no Ceará confirmou, ontem, a prisão, em Fortaleza, do empresário cearense Raimundo Morais Filho, o ´Moraizinho´, acusado de comandar um esquema criminoso de fraudes em licitações realizadas por mais de 50 prefeituras do Interior, através de empresas de ´fachada´. Os golpes teriam sido praticados nos anos de 2008 e 2009.

Conforme as autoridades envolvidas nas investigações, a quadrilha pode ter lesado os cofres públicos em uma quantia superior a R$ 30 milhões. Morais era o dono da empresa ´Falcon Construtora e Serviços Limitada´, que agia em parceria com outras cinco firmas denominadas de Pratika Incorporações Ltda., Daruma Construções e Empreendimentos Ltda., Êxito Construções e Empreendimentos Ltda., Construtora Leandro dos Santos; e Master Assessoria e Engenharia Ltda.

Prisão

Sem fornecer detalhes, a Assessoria de Comunicação Social da PF-CE resumiu-se a confirmar que Morais foi preso por uma equipe de agentes daquela instituição, na manhã de segunda-feira. Foi detido quando assistia aula em uma universidade, sendo levado, algemado, para a sede da PF. Ele teve prisão preventiva decretada pela Justiça Federal a pedido da própria PF depois de um longo e minucioso trabalho de investigação em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), Receita Federal, Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e, ainda, a Coordenadoria Integrada de Inteligência (Coin), da Secretaria da Segurança Pública do Ceará.

A prisão de Raimundo Morais Filho foi considerada um desdobramento da ´Operação Gárgula´, que motivou a ´Operação Província´. O trabalho, iniciado no ano passado, culminou no desmantelamento do bando, em dezembro de 2009, com a prisão de vários gestores de Municípios onde foram comprovadas fraudes nas licitações com verbas federais.

As autoridades atestaram que a constituição das empresas pela quadrilha de Morais tinha como único objetivo fazer transparecer que as licitações eram disputadas licitamente. Conforme o Ministério Público Estadual, através da Procuradoria de Crimes Contra a Administração Pública (Procap), as empresas manipulavam os processos licitatórios até utilizado nomes de ´laranjas´ do bando.

Dinheiro

30 milhões de reais é o valor aproximado das fraudes nos processos licitatórios realizados por mais de 50 prefeituras, entre os anos de 2008 e 2009

Fique por dentro

Investigação

O Ministério Público Estadual, em investigação feita pela sua Procuradoria de Crimes Contra a Administração Pública (Procap), aponta o esquema chefiado pelo empresário Raimundo Morais Filho como responsável pela prática dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, além de formação de quadrilha. De forma complementar, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) realizou fiscalização em várias cidades s onde o grupo criminoso de ´Moraizinho´ agiu.



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