Polícia investiga falso enterro de criança com tijolo no lugar de corpo

Agentes encontraram um tijolo e um lençol dentro do caixão da criança. Serviço funerário foi contratado pela mãe, mas corpo nunca apareceu

Avalie a matéria:
Ao abrir o caixão, polícia encontrou apenas um tijolo e um lençol | Marcel Agostini/Jornal O Garibaldense
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Polícia Civil de Garibaldi, na Serra do Rio Grande do Sul, investiga a suposta morte e o falso enterro de um bebê. A polícia foi alertada no início da semana por funcionários do Cemitério Municipal. Na quarta-feira (8), agentes estiveram no local, onde encontraram um tijolo e um lençol no caixão em vez do corpo de uma criança. O velório e o sepultamento foram encomendados a uma funerária da cidade por uma mulher em 27 de julho. A polícia não descarta a hipótese de que o bebê nunca tenha existido.

Segundo o delegado Clóvis Rodrigues de Souza, a mulher mora em Garibaldi e contratou os serviços da funerária Nossa Senhora do Carmo para o sepultamento do filho de cinco meses. De acordo com ela, a criança morreu em Porto Alegre em decorrência de meningite e que o corpo seria encaminhado a Garibaldi no dia 27 de julho. ?No entanto, o corpo não chegou. Houve velório durante toda a madrugada e na manhã de sábado (28) os procedimentos prosseguiram e foi realizado o enterro?, disse.

Depois do aviso, a polícia realizou a abertura do caixão na quarta. No local, foram encontrados um tijolo e um lençol. A partir desta quinta (9), a mulher e outras testemunhas serão ouvidas pelo delegado. ?Daremos um rumo às investigações. É difícil precisar o que aconteceu, mas após conversas informais com parentes não descartamos a hipótese de que a criança nunca tenha existido. Se isso se confirmar, vamos buscar as motivações?, informa o delegado.

A proprietária da funerária Nossa Senhora do Carmo, Gabriela Bonadinan, confirmou o caso, inclusive que o sepultamento seria realizado sem o corpo da criança no caixão. Gabrieal diz que havia parentes durante o velório, o que dava credibilidade à história. ?Nunca imaginamos que algo assim pudesse acontecer. A mãe disse que o atestado de óbito seria entregue junto com o corpo. Sabemos que é um momento delicado para a família e não quisemos pressionar. Fomos orientados pela administração do cemitério a dar continuidade ao enterro?, relata ela, que diz não fazer ideia de como os objetos foram colocados dentro do caixão. ?Não ficamos a noite inteira acompanhando, não sabemos se foi aberto. A polícia agora fica a cargo dessas respostas.?

A administração do Cemitério Municipal de Garibaldi confirma que foi contatada pela funerária, mas que a responsabilidade na verificação da existência ou não de um corpo é do estabelecimento comercial. ?Apenas autorizamos a cedência de uma urna perpétua. É o procedimento padrão. A funerária fica a cargo de encaminhar uma cópia do atestado de óbito posteriormente?, diz a responsável pelo setor de Patrimônio da Prefeitura, Ana Sofia Scheer. ?Mas vamos abrir um processo administrativo para rever processos.?



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES