Polícia investiga ligação de PM com falso pai de santo; saiba

Outra cliente extorquido, um motorista de 37 anos, levou à polícia dois comprovantes de depósitos, de R$ $170 cada

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A polícia investiga se um homem que se apresentou como policial militar faz parte da quadrilha de Pai Bruno da Pombagira, de 23 anos, preso na última quarta-feira por extorquir dinheiro de clientes que procuravam seus serviços. Há suspeita ainda de que a mãe do religioso, Jussiara Costa, tenha participação nos "negócios" do filho.

As hipóteses foram levantadas com o depoimento, na 14ª DP (Leblon), de novas vítimas que foram extorquidas por Pai Bruno e suas secretárias. Só ontem, quatro procuraram a delegacia. Uma delas, uma vigilante de 23 anos, contou que, ao ir até o local onde o religioso fazia atendimentos, foi levada para tirar dinheiro numa agência bancária por um homem que se apresentou como segurança de Pai Bruno e disse ser PM.

- Para me intimidar, ele mostrou também uma pistola - contou a vítima, que pagou mais de mil reais nas quatro vezes em que as secretárias do religioso pediram dinheiro a ela.

Outra cliente extorquido, um motorista de 37 anos, levou à polícia dois comprovantes de depósitos, de R$ $170 cada, feitos por ele em contas bancárias fornecidas por uma secretária de Pai Bruno. Uma delas é de Jussiara, mãe do religioso.

A delegada Flávia Monteiro, da 14ª DP, conta com o depoimento de outras pessoas que tenham sido lesadas para identificar toda a quadrilha, que ela acredita ser composta por pelo menos dez pessoas. Na noite da última quarta-feira, além de Pai Bruno, foi preso um motoboy que trabalhava para ele.

- É importante que as vítimas procurem a delegacia para nos ajudar a chegar a todos que tinham participação. Além disso, quanto mais crimes cometidos por eles, maiores serão as penas.

Vítimas do golpe

Forma de agir

Pai Bruno e suas secretárias agiam sempre da mesma forma. Inicialmente, informavam um valor pelo serviço solicitado. Em seguida, iam pedindo novas quantias a cada contato com o cliente. Esses, passavam a receber ameaças caso se recusassem a pagar o valor. As ameaças eram feitas pelas secretárias e pelo próprio religioso.

Ameaças

O motorista ouvido ontem na delegacia, que procurou Pai Bruno para ajudar a melhorar sua vida financeira, depois de pagar R$ 340, ao pedir de volta o dinheiro que já havia pago, ouviu de uma secretária que deveria procurar o diabo. Já a segurança que procurou o religioso para ter de volta, em 24 horas, a pessoa amada, ao se recusar a pagar a nova quantia exigida, foi ameaçada de morte. Com medo, saiu de casa.

Gato valioso

Uma vítima que prestou depoimento na última quarta-feira contou que pagou R$ 8 mil para que o religioso levasse de volta seu gato de estimação que havia sumido. De acordo com a idosa, porém, o bichano nunca reapareceu.



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