Polícia investiga se advogada foi levada para cativeiro

Para delegado que cuida do caso, ela foi assassinada há menos de 15 dias

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Multidão acompanha sepultamento | Roney Domingos/ G1
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Policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investigam a possibilidade de a advogada Mércia Nakashima ter sido levada para um cativeiro antes de ser morta. Eles ouviram neste sábado (12) pessoas que afirmam ter visto a vítima ao lado de seu ex-namorado Mizael Bispo dos Santos, principal suspeito pela morte de Mércia, perto de uma favela, na periferia de Guarulhos.

Segundo o delegado que cuida do caso, Antônio Olim, Mércia deve ter ficado uma semana escondida em algum lugar antes de ser morta. "Ela ficou em algum lugar com mais gente envolvida e ela foi morta em outro domingo. Foi jogada naquele local como foi visto por um pescador", disse Olim.

Na sexta-feira (11) investigadores apreenderam dois pares de sapato e uma camisa rasgada na casa de Mizael. A perícia vai analisar amostras de terra encontradas no tapete do carro dele e nos sapatos apreendidos. Essas amostras serão comparadas com outras recolhidas na represa onde o corpo de Mércia foi encontrado. A polícia espera descobrir se Misael esteve lá.

Mércia Nakashima, de 28 anos foi encontrada morta na sexta-feira dentro de uma represa em Nazaré Paulista. Ela estava desaparecida desde 23 de maio, mas a polícia acredita que não tenha sido assassinada uma semana depois. Pelo estado em que o corpo foi encontrado, os legistas suspeitam que a morte ocorreu no máximo há 15 dias.

O corpo de Mércia foi enterrado durante a manhã no Cemitério São João Batista, no centro de Guarulhos. O pai da advogada, que não conseguiu participar do velório, apareceu no último momento para se despedir da filha.

A represa onde o carro e o corpo da advogada foram encontrados é de difícil acesso. Por isso a polícia investiga a participação de mais de uma pessoa no assassinato. Segundo a família de Mércia, testemunhas viram ela sendo morta e chegaram a pedir ajuda.

O irmão de Mércia, Márcio Nakashima, afirma que houve falha do serviço 190. "Um pescador quando estava lá, ligou para o disque-denúncia, ligou para o 181 e a resposta que ele teve lá era que a polícia já estava cuidando do caso e ele deveria procurar o DHPP na segunda-feira de manhã, sendo que ele escutou a minha irmã gritando, ligou no 190 e ninguém pôde fazer nada." A PM informou que só durante as investigações vai ser possível saber se houve falha no serviço.

O ex-namorado de Mércia é apontado como principal suspeito. Mizael Bispo dos Santos foi soldado e cabo da Polícia Militar, mas se aposentou por invalidez depois de ser atingido por uma descarga elétrica. Afastado da PM, se formou em direito e se tornou sócio de Mércia num escritório de advocacia. Em entrevista ao programa Fantástico na semana passada, ele disse que estava sofrendo com o desaparecimento da ex-namorada.

"Eu estou sentindo o que a família está sentindo. Eu gostaria de ter desaparecido junto com ela porque não está sendo fácil para mim", disse Mizael.



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