Polícia liberta médico amarrado e dopado por sequestradores

Em um quarto escuro, com janelas fechadas, o médico ficou amarrado

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A Polícia Civil do Distrito Federal libertou na noite de sábado um médico de 33 anos que foi mantido refém por quase 72 horas. A vítima ficou a maior parte do tempo amordaçada e amarrada em uma sala fechada e escura, dopada sob forte efeito de medicamentos para não poder reagir. Três homens foram presos.

De acordo com o delegado Marcelo Portela, diretor da Divisão de Repressão a Sequestros, o médico foi vítima do conjunto de substâncias conhecido como "boa noite Cinderela", que provoca a rápida perda dos sentidos e desorientação. O médico foi dopado ao tomar café da manhã com um suposto conhecido na quinta-feira. Assim que desmaiou, foi levado para uma residência em Taguatinga, região administrativa do DF, que lhe serviu de cativeiro.

Em um quarto escuro, com janelas fechadas, o médico ficou amarrado, amordaçado e sob o efeito da droga enquanto era extorquido e ameaçado pelos bandidos. A família noticiou seu desaparecimento na noite de sexta-feira, e a divisão de sequestros assumiu o caso no sábado, quando houve a suspeita de rapto.

No sábado, dois criminosos conseguiram compradores para o carro da vítima e foram vendê-lo, enquanto um terceiro ficou no cativeiro. Com o cartão de crédito do médico, o criminoso gastou cerca de R$ 7 mil com roupas, tênis, óculos de marca, perfumes e um computador.

Pelo serviço de rastreamento do carro, a polícia localizou o veículo do médico em Goiânia. Os dois ocupantes abordados contaram ter acabado de comprar o carro em Anápolis (GO) e, de posse das informações, a polícia conseguiu prender dois suspeitos. Após um interrogatório, descobriram o local em que o médico era mantido refém.

A polícia estourou o cativeiro por volta das 20h do sábado. "Encontramos o médico lá, amarrado e amordaçado, muito dopado, além de restos de lanches que foram usados para alimentá-lo e do suspeito que estava tomando conta dele", contou Portela. O médico foi levado para a delegacia, prestou depoimento e foi liberado por volta da 1h de domingo.

Os três suspeitos serão indiciados pelo crime de extorsão mediante sequestro, que pode acarretar em pena de 12 a 20 anos de reclusão. Segundo o delegado, o crime poderia ter sido pior. "Segundo as informações, a vítima conhecia um dos suspeitos. A experiência de investigação mostra que quando a vítima reconhece o sequestrador, dificilmente ele vai deixá-la com vida", disse Portela. "Se não houvesse a identificação do cativeiro, com o fim do dinheiro provido pelos cartões de crédito e com a venda do carro do médico, provavelmente os criminosos iam matá-lo."



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