Polícia Militar cerca fazenda onde MST destruiu 7 mil pés de laranja

A fazenda foi invadida em 28 de setembro pelos sem-terra

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Cerca de 85 homens da Polícia Militar estão desde as 5h30 desta quarta-feira (7) em frente à Fazenda Santo Henrique, em Borebi, a 309 km de São Paulo, para cumprir uma reintegração de posse no local. A Justiça determinou na tarde de terça-feira (6) a retirada de 250 famílias ligadas ao Movimento dos Sem-Terra.

A fazenda foi invadida em 28 de setembro pelos sem-terra. Os manifestantes expulsaram colonos e usaram um trator para derrubar, segundo a polícia, cerca de 7 mil pés de laranja.

O juiz Mario Ramos dos Santos, da 2ª Vara Cível de Lençóis Paulista, determinou que a retirada fosse imediata.

O caso iria ser encaminhado à Justiça Federal já que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) declarou interesse em participar do processo.

O juiz da 2ª Vara de Lençóis Paulista entendeu que o assunto deveria prosseguir na esfera estadual. A multa pelo descumprimento da determinação é diária, de R$ 500 por pessoa.

Expulsão

Funcionários da fazenda produtora de laranjas foram expulsos da propriedade. Imagens mostram o momento em que os trabalhadores eram retirados do local, invadido pelo grupo.

Os invasores afirmam que destruíram os pés de laranja para plantar feijão.

"Até 7 mil pés de laranja foram destruídos o que demonstra que não se trata tão somente de uma pequena área para plantar feijão e sim de uma área enorme para destruição efetivamente?, disse o coronel Benedito Meira.

Segundo o vice-presidente da Federação Paulista de Agricultura, outras culturas podem ser cultivadas com a laranja. ?Não seria necessário derrubar os pés de laranja para plantar o tal feijão?, disse Maurício Lima Verde.

A Cutrale uma das maiores empresas de suco de laranja do mundo, se considera dona da área e plantou no local um milhão de pés da fruta. Em nota, a empresa informou que a fazenda é extremamente produtiva e gera centenas de empregos. Afirmou também que algumas famílias de funcionários, inclusive com crianças, foram expulsas de forma intimidatória pelos invasores - o que prejudica o acesso dos menores à escola.

A fazenda faz parte do núcleo colonial Moção de Iaras, criado há 100 anos. O Incra considera a ocupação irregular e disse, em nota, que aguarda uma decisão da Justiça para retomar a área e destiná-la à reforma agrária- como reivindica o MST.

Durante a noite de segunda-feira, a polícia apreendeu um caminhão em Iaras, a 285 km da capital paulista, com uniformes, peças e equipamentos de proteção que pertencem à empresa proprietária das plantações destruídas.

Duas pessoas foram detidas. Policiais investigam se houve participação dos invasores, que negam ligação com o caso.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES