Polícia recolhe jovens pobres que queriam apenas ir à praia no Rio

A Defensoria Pública criticou a ação e prometeu tomar medidas

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A Polícia Militar do Rio de Janeiro apreendeu pelo menos 15 adolescentes que queriam ir à uma praia na zona sul da capital fluminense. A Defensoria Pública criticou a ação e prometeu tomar medidas judiciais. Todos os adolescentes foram levados para o Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Ciaca).

De acordo com a PM, “as ações ocorreram visando a proteger menores em situação de risco ou em flagrante de ato infracional”. Os jovens tinham uma outra opinião.

“Tiraram ‘nós’ do ônibus pra sentar no chão sujo e entrar na Kombi. Acham que ‘nós’ é ladrão só porque ‘nós’ é preto”, disse um adolescente de 17 anos, morador da zona norte da cidade. Nenhum deles portava armas ou drogas. Ao longo do fim de semana, mais de 160 jovens teriam sido recolhidos desta mesma maneira.

Para a defensora pública Eufrásia Souza das Virgens, que comanda a Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cededica), tratou-se de uma ‘privação de liberdade’ promovida pela PM, uma vez que os adolescentes não haviam cometido nenhum ato infracional.

“Vamos protocolar um ofício pedindo as informações dos adolescentes e a identificação dos PMs que os recolheram, e vamos pedir a abertura de um inquérito na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) para a apuração do crime (...). É inaceitável. Impediram que esses jovens tenham acesso a uma área de lazer da cidade, o que é muito grave”, comentou.



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