Descobertas câmeras de vigilância dos bandidos no Alemão

A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil volta ao conjunto de favelas e descobre como os bandidos se anteciparam à ação da polícia.

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Rede de vigilância dava cobertura aos bandidos. | Reprodução TV Globo
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O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio (Bope) descobriu como os traficantes dos conjuntos do Alemão e da Penha conseguiram prever a entrada da polícia e se antecipar a ela. Eles tinham uma rede de vigilância. A repórter Ana Luiza Guimarães foi a alguns dos esconderijos dos traficantes e voltou às galerias de esgoto usadas pelos criminosos para escapar do cerco.

Escondidas no emaranhado de fios, uma rede de vigilância dava cobertura aos bandidos. Na rua A, um dos acessos mais importantes à Vila Cruzeiro, oficiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) localizou num poste uma câmera apontada para a entrada da rua. Esta foi a confirmação de que qualquer movimentação dentro da favela era acompanhada o tempo todo pela quadrilha.

Segundo a polícia, a câmera estava instalada bem em frente a uma casa onde funcionava um dos pontos de embalagem da droga.

?Encontramos muita droga, muito material de isolação e visualizamos um cabo que era ligado a uma televisão, onde eles podiam monitorar toda a comunidade?, apontou o sargento do Bope, Luis André Monteiro.

Seguimos até o local onde funcionaria a central de operações dos traficantes. Os traficantes usavam TVs para acompanhar imagens das câmeras de vigilância instaladas no poste. Eles acompanhavam toda a movimentação da polícia na Vila Cruzeiro.

A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil acompanhou os oficiais do Bope em outra missão: voltamos à saída da galeria por onde, segundo a polícia e os moradores, dezenas de traficantes teriam conseguido escapar do cerco.

Toda a equipe usou um equipamento especial de segurança por exigência dos médicos da Polícia Militar, com uma máscara que possui um filtro especial que deve ficar muito bem vedada. Não pode passar nem um pouco do ar externo, porque o ambiente é muito fechado e claustrofóbico. A respiração é difícil.

O túnel vai se estreitando, e os policiais do Bope avançam com cuidado, num trabalho difícil, arriscado e minucioso. Cem metros adiante, já ultrapassado o limite do cerco policial, a equipe de reportagem do Bom Dia chega embaixo da favela. Para se certificar de que não há ninguém escondido, os oficiais lançam granadas de gás lacrimogêneo dentro do túnel.

Em toda a comunidade, são centenas de acessos às galerias de esgoto no Complexo do Alemão. Segundo a polícia, qualquer um deles poderia ter servido para que os bandidos escapassem.

?Estamos procurando saber se há algumas galerias que foram feitas e que não estão relacionadas ao projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Galerias essas que teriam sido feitas sob o jugo do tráfico de drogas?, afirmou o major do Bope, Vinícius Carvalho.



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