Policiais são autorizados a usar a própria pistola durante o carnaval

A PM diz que a autorização foi uma forma de evitar filas (na hora de pegar as armas) e atrasos de saídas nos batalhões que receberão reforços

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A PM decidiu autorizar policiais militares a utilizarem armas particulares durante o serviço neste carnaval. A medida, prevista na Diretriz 02/13, foi assinada pelo chefe do Estado-Maior da PM coronel Robson Rodrigues da Silva, mas passou pelo crivo do comandante-geral da PM, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, que estava de férias na ocasião. A permissão fez acender a luz de alerta: especialistas afirmam que a medida é um sinal de que falta armamento na corporação.

A PM nega. Diz que a autorização foi uma forma de evitar filas (na hora de pegar as armas) e atrasos de saídas nos batalhões que receberão reforços. Este ano, o policiamento, em cada um dos dois dias de folia, será feito por 14.454 PMs. Pela diretriz publicada no Boletim Interno da PM, de 22 de janeiro, a arma particular tem que estar legalizada e devidamente cadastrada na corporação.

- É evidente que falta arma para todo mundo. Se tivesse, cada policial teria uma pistola (do estado) e a levaria para casa, como acontece em São Paulo. Agora, liberar o policial para ele levar sua arma pessoal para o trabalho é criar uma situação de amadorismo num evento que precisa de muito profissionalismo - diz o ex-secretário da Secretaria Nacional de Segurança Pública, coronel José Vicente da Silva.

Até mesmo entre a tropa a decisão do Comando-Geral causou divergências. A permissão já vinha sendo adotada desde o ano passado.

- Nos grandes eventos, embora a polícia tenha armamento suficiente, é permitido que cada um use a sua. É mais uma forma de impedir que acidentes aconteçam - diz o coronel Fernando Belo, presidente da Associação de Oficiais Militares do Rio.

- Não tem arma para todo mundo. Tenho conversado com armeiros dos batalhões - diz Miguel Cordeiro, outro representante de classe.

Para José Vicente, a decisão da PM é um indício de "bagunça", já que o Rio tem tido recursos para comprar armas em número suficiente. Procurada, a PM não quis informar quantas armas existem na corporação. Informou que, quanto à munição, os policiais que utilizarem pistolas particulares poderão passar antes em seu batalhão de origem e pegá-la, já indo para a unidade que irão reforçar com o aparato.



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