Policial que matou 4 colegas tinha atestado psicológico de 15 dias; saiba

Após cometer o delito, ele escapou da delegacia e registrou um vídeo em seu celular, onde se mostra suando e emocionalmente perturbado.

Policial matou 4 colegas por se sentir injustiçado no trabalho | Montagem
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Um policial civil que tirou a vida de quatro colegas dentro de uma delegacia em Camocim, no norte do Ceará, foi concedido um atestado de 15 dias de afastamento dos serviços por uma psicóloga.

O atestado, emitido em 11 de maio, afirmava que o agente apresentava sintomas de ansiedade, como insônia, desânimo, dificuldade de concentração e instabilidade emocional. Apenas três dias após essa consulta com a psicóloga, no último domingo (14), o indivíduo efetuou disparos que resultaram na morte de outros quatro policiais.

Após cometer o delito, ele escapou da delegacia e registrou um vídeo em seu celular, onde se mostra suando e emocionalmente perturbado. Ele menciona que, além de ter arruinado sua própria vida e família, também sente pelas esposas e filhos dos colegas que foram vítimas de seu ataque, mas afirma que eles "mereciam".

O indivíduo também se refere aos colegas como "malditos" e declara ter sido "humilhado, esquecido e traumatizado". Após gravar o vídeo, ele se entregou à corregedoria da instituição policial e permanece detido.

A Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSPCE) expressou solidariedade aos familiares e amigos das quatro vítimas e ressaltou que todas as instituições estão disponíveis para oferecer suporte. 

O governador do estado, Elmano de Freitas (PT), também expressou sua indignação diante do crime, afirmando: "Manifesto minha solidariedade às famílias, amigos e profissionais da Segurança Pública do estado. O governo do Ceará fornecerá todo o apoio necessário aos familiares".

Sobre o crime

Na madrugada de domingo (14), um policial civil identificado como Dourado matou quatro colegas de trabalho na Delegacia Regional de Polícia Civil de Camocim, cidade localizada no Norte do Ceará, a cerca de 350 quilômetros de Fortaleza. As vítimas eram três escrivães e um inspetor da Polícia Civil, e três foram mortos dentro da delegacia, enquanto um foi morto do lado de fora.

Dourado, que estava de folga, fugiu em um carro da polícia, mas abandonou o veículo e se entregou no quartel da Polícia Militar da cidade. A Polícia Civil lamentou o ocorrido e informou que o local está isolado e passa por perícia. A motivação do crime ainda é desconhecida e está sendo investigada. Os corpos das vítimas ainda estavam no local à espera da Perícia Forense.

Em nota, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), lamentou as mortes e manifestou solidariedade às famílias, amigos e profissionais da Segurança Pública do Estado. O Governo do Ceará oferecerá todo o apoio necessário aos familiares das vítimas. O suspeito ainda não foi ouvido e permanece preso no quartel da PM.



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